Governo prevê desestatização da EBC em janeiro de 2022, diz secretário

A Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) tem previsão de ser desestatizada em janeiro de 2022, disse nesta quarta-feira o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar.

Em evento promovido pelo banco Credit Suisse em São Paulo, Mattar apresentou um slide com o cronograma de desestatizações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), incluindo empresas listadas no Programa Nacional de Desestatização (PND) e no Programa de Parcerias para Investimentos (PPI).

Pelo cronograma, a primeira empresa dessa lista – Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) – deverá ser desestatizada somente em agosto deste ano. Em outubro seria a vez da EMGEA e em dezembro a CMB.

Em 2021, seriam desestatizadas pelo planejamento Nuclep, Ceitec, Ceagesp e CeasaMG, Serpro, Dataprev, Codesp, CBTU, Trensurb e Telebras. Pelo cronograma, Correios e Codesp seriam desestatizados em dezembro de 2021.

Mattar reconheceu a morosidade desse processo de venda de ativos via BNDES e reafirmou a meta do governo de vender R$ 150 bilhões em 300 ativos neste ano, com a criação de um fast track (via rápida) para acelerar esse processo.

Ainda conforme o secretário, em 2020, o BNDES já vendeu sete ativos, arrecadando R$ 7,5 bilhões, dos quais R$ 1,1 bilhão vai para o Tesouro e o restante fica nas subsidiárias. Em 2019, segundo o secretário, foram vendidos R$ 105,4 bilhões entre desestatizações e desinvestimentos.

Mattar reafirmou ainda a intenção do governo de realizar a capitalização da Eletrobras neste ano e voltou a dizer que Caixa, BB e Petrobras não serão vendidas.

Mattar dedicou boa parte de sua palestra para rebater críticas quanto à morosidade do plano de privatização de empresas do governo. No evento, ele reconheceu, porém, que pouco foi feito no ano passado, por medo de afetar negativamente a reforma da Previdência.

“Em 2019, nós estivemos — justificando, mas não justificando — muito focados na reforma da Previdência. Não conhecíamos muito de governo, então fomos muito cuidadosos”, disse Mattar.

Em referência a críticas feitas pelo economista Persio Arida no mesmo evento, no dia anterior, Mattar defendeu que, apesar das vendas de subsidiárias de estatais que têm sido feitas pelo governo não se converterem em caixa para a União, elas fazem parte do objetivo de redução do tamanho do Estado.

Ele citou o exemplo da BNDESPar, que com...

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