Governo de SP prevê R$ 303,5 mi e mais 10 mil professores para o novo ensino médio

O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira que vai investir R$ 303,5 milhões para ajudar na implementação do novo ensino médio na rede paulista. Os recursos serão repassados por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE-SP) e devem começar a ser pagos em agosto.

Para dar conta das mudanças trazidas pelo novo ensino médio, mais 10 mil professores devem ser contratados para a etapa. A entrada desses profissionais extras na rede depende de as alterações começarem a sair do papel.

Também vai aumentar o número de aulas por dia para alunos do turno diurno, de sete para oito, primeiro para a segunda série do ciclo, em 2022, e depois para a terceira série, em 2023. O tempo extra pode ser cursado à distância, por meio do Centro de Mídias criado durante a pandemia de covid-19, e será voltado para aprofundamento ou recuperação em alguma disciplina, por exemplo. Para as turmas da primeira e segunda séries do turno noturno, serão oito aulas a mais por semana.

A reforma do ensino médio foi gestada ainda no governo de Michel Temer, em 2017, cujo ministro da Educação era o hoje secretário estadual da área em São Paulo, Rossieli Soares. Há previsão de aumento da carga horária total do ciclo de 2.400 para 3.000 horas.

Além disso, serão criados os itinerários formativos, espécie de currículo flexível e optativo que entra no lugar de matérias fixas e obrigatórias. Os alunos poderão escolher se concentrar em áreas como português, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e cursos técnicos ou uma combinação entre duas delas.

De acordo com Soares, toda escola deverá fornecer ao menos quatro opções de aprofundamento nas áreas básicas - português, matemática, ciências humanas e da natureza -, que poderão ser uma combinação entre duas...

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