GPA fala em voltar ao básico, a fim de vender mais e ser mais rentável

O GPA precisa voltar a fazer melhor o básico. É necessário crescer mais e ser mais rentável, basicamente as duas linhas centrais do varejo. Essa foi a mensagem da teleconferência de resultados do segundo trimestre da companhia.

Passada a fase de crescimento forte nos alimentos em 2020 e parte de 2021, que ajudou as vendas e, de certa forma, “estendeu” mais a vida dos hipermercados dentro da empresa, o GPA entrou em 2022 num cenário de demanda mais fraca. E agora, com o início de uma nova reformulação de seus negócios, após a venda do Extra, e já sem o Assaí na operação.

Nesse cenário, o segundo trimestre foi o primeiro sob a gestão do novo presidente, Marcelo Pimentel — no cargo desde março, após a saída de Jorge Faiçal, que por sua vez ficou na função cerca de um ano e meio. Faiçal substituiu Peter Estermann, que esteve na cadeia por pouco mais de dois anos e meio.

Em cinco anos, o GPA teve três presidentes. Pimentel completou 100 dias em julho, como mencionou nessa quinta-feira em teleconferência, na qual abriu um pouco mais dos detalhes sobre “as dores” que a empresa volta a encarar agora, na sua gestão.

“Estamos encarando todas as dores, a equipe está comprometida e definindo todas as mudanças necessárias”, disse. “Precisamos melhorar ‘top line’ para melhorar eficiência”.

“Estamos fazendo ajustes robustos, reduzindo certo mix onde é necessário, e aumentando onde também é preciso para termos os produtos certos, e garantir o sortimento ideal. Temos que garantir a entrega e que o produto esteja na prateleira”, disse. O foco da empresa, já mencionado recentemente, está em retomar crescimento dos supermercados Pão de Açúcar, especialmente.

O GPA reduziu o tamanho de seu negócio desde que separou Assaí e vendeu Extra e precisa reorganizar sua estrutura — de pessoal e de sua sede, à distribuição — num momento em que o mercado cresce menos, e concorrentes no varejo avançam sobre o consumidor “premium” , o negócio principal da empresa.

O CEO citou a necessidade de melhorar margens e voltar a vender mais (as vendas líquidas cresceram 5,2% de abril a junho no Brasil). Disse que não acredita numa melhora de margem ebitda neste ano para acima de dois dígitos, mas crê num avanço gradual, alcançando em torno de 9% em 2022 e dois dígitos em 2023.

A margem Ebitda foi de...

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