Ibovespa fecha em queda com guerra, lockdown na China e risco fiscal

A semana começou tumultuada para os mercados acionários e, em especial, para o Ibovespa. Se no exterior investidores já dividiam suas atenções entre a guerra da Rússia na Ucrânia, o avanço da covid-19 na China e a decisão de política monetária do Federal Reserve, localmente o pregão ficou ainda mais volátil após rumores de que o governo Bolsonaro estaria analisando uma possível elevação temporária do Auxílio Brasil.

Assim, o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira com queda expressiva de 1,60%, aos 109.927,62 pontos, no seu fechamento mais baixo desde o dia 24 de janeiro. Durante a sessão, variou entre os 112.299 pontos nas máximas intradiárias e os 109.717 pontos nas mínimas, com um volume financeiro de R$ 19,1 bilhões. Lá fora, o S&P 500 teve queda de 0,74% e o Stoxx 600 avançou 1,20%.

O dia até começou com um viés mais construtivo para os mercados globais, com negociadores russos e ucranianos buscando soluções para a guerra e dando algum suporte aos ativos de risco, mesmo que a violência estivesse se intensificando em torno de Kiev, a capital ucraniana. Ainda assim, as fortes quedas anotadas nas últimas semanas davam espaço para as ações se recuperarem, mas o movimento se deteriorou ao longo do dia com notícias da China.

Refletindo o movimento, o futuro do petróleo Brent recuou durante toda a sessão e fechou em queda 5,12%, para US$ 106,90. Por aqui, investidores monitoravam ainda o imbróglio envolvendo a política de preços da Petrobras e as medidas do governo e do Congresso para limitar a alta dos preços da gasolina.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o governo está fazendo "diversas" discussões sobre o tema, mas cobrou a participação da Petrobras por meio de seus lucros, que, segundo ele, estão "acima da média". Assim, Petrobras ON e PN cederam 1,26% e 1,91%, respectivamente, enquanto PetroRio ON caiu 5,42% e 3R Petroleum recuou 2,69%.

Os preços do minério de ferro também iniciaram a semana em forte queda em meio ao avanço dos casos de covid-19 na China, maior consumidora da commodity no mundo, e da piora do sentimento quanto ao crescimento da economia local. No porto de Qingdao, a tonelada do minério com pureza de 62% encerrou o dia a US$ 143,70, queda de 7,3%, a maior baixa diária em quatro meses.

Para conter a propagação da covid-19, a potência asiática anunciou no fim de semana um pacote de restrições válido para diferentes áreas de Xangai e Shenzhen, importante pólo financeiro e tecnológico chinês...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT