Ibovespa opera em alta com novidades sobre vacina e atenção à cena local
Sem descuidar de possíveis sinais sobre o andamento da agenda econômica, o Ibovespa pega carona no bom desempenho das bolsas globais e opera em alta nesta segunda-feira. Dados positivos das economias asiáticas e notícias sobre o desenvolvimento de uma vacina contra covid-19 amparam a busca por ativos de risco, principalmente, aqueles que ficaram para trás em 2020.
Assim como observado no exterior, as ações ligadas à economia tradicional são as maiores beneficiadas pela perspectiva de retomada da atividade. Com isso, reduzem as perdas acumuladas no ano. O movimento ocorre em detrimento das ações ligadas a tecnologia, que dispararam em 2020 sob efeito do novo modo de consumo durante a pandemia.
Às 10h35, o Ibovespa subia 0,94%, aos 105.640 pontos, após máxima de 106.256 pontos. O volume financeiro estava em R$ 3,1 bilhões. As ações da Petrobras, por exemplo, avançavam mais de 3% enquanto a Vale ON ganhava 0,25%. Bancos também registravam elevação.
Uma rotação de setores fica clara entre os destaques do dia: Gol PN tem alta de 3,07% e Azul PN avançava 3,69%. Já Totvs ON perdia 3,55% e Magazine Luiza cedia 1,75%.
No exterior, o bom humor dos investidores ganha força com a notícia de que a vacina contra a covid-19 produzida pela Moderna teria 95% de eficácia, de acordo com estudos preliminares. Além disso, a economia do Japão se recuperou acentuadamente no terceiro trimestre, crescendo 21,4% na taxa anualizada, tirando a terceira maior economia do mundo da recessão. A China também relatou números de produção industrial melhores do que o esperado e deu mais sinais de que o setor de varejo está em recuperação.
No Brasil, também chama atenção a conclusão da temporada de balanços referentes ao terceiro trimestre, que termina hoje e, quando analisada de maneira geral, traz um certo alívio aos investidores. A maior parte das empresas trouxe dados acima das expectativas do mercado, especialmente companhias com grande peso e liquidez dentro do Ibovespa, como os bancos. A leitura é de que passado o segundo trimestre, o mais castigado pelos efeitos da crise do coronavírus, as empresas foram capazes de trilhar um caminho de recuperação.
No entanto, o cenário macroeconômico exige cautela e as atenções se voltam para a agenda fiscal após eleições municipais, que vinham travando os trabalhos no Congresso. “A...
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