Ibovespa retoma 116 mil pontos com sinalização de juro baixo do Fed

Em um claro reflexo da busca por ativos de risco no exterior, os mercados brasileiros chegam na reta final do pregão em clima de alívio. A sinalização do banco central americano, o Federal Reserve, de que manterá juros próximos de zero até o fim de 2023 animou os investidores, que temiam o risco de uma mudança de postura da instituição dado o aumento de inflação nos Estados Unidos.

Essa foi a deixa para o Ibovespa ganhar força e atingir suas máximas no dia. Após ajustes, o principal índice da bolsa ganhou 2,22%, aos 116.549 pontos, em um movimento liderado por ações de grande peso como Petrobras e bancos. O respiro se estendeu para o câmbio e o dólar passou a cair contra o real, após a decisão de política monetária nos Estados Unidos.

O Federal Reserve manteve sua taxa básica de juros entre zero e 0,25% e mostrou que a maioria dos seus dirigentes só projeta uma elevação depois de 2023, mesmo com uma visão mais positiva sobre a atividade econômica e um aumento nas estimativas de inflação.

Para Paulo Leme, presidente do comitê de alocação da XP, a instituição o banco central americano só vai normalizar a política monetária quando os dados confirmarem dois fatores: crescimento com queda do desemprego e inflação acima de 2 pontos percentuais por algum tempo.

O economista-chefe da Quantitas, Ivo Chermont, explica que havia um receio no mercado de que uma alta de juros já apareceria na mediana das projeções dos dirigentes do Fed para 2023. No entanto, a autoridade reforçou a ideia de que só vai começar a subir juros quando a inflação ficar consistentemente acima da meta de 2%.

“O mercado parece estar, constantemente, duvidando do arcabouço que o Fed montou lá atrás, no qual a inflação precisa ficar acima de 2% por...

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