Inflação pesa e Ibovespa fecha em queda e tem pior semana do ano

O Ibovespa foi amplamente pressionado pelos dados do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que superaram com folga as estimativas dos analistas de mercado. Diante das expectativas de que o Banco Central precisará avançar ainda mais em seu ciclo de aperto monetário e com as pressões inflacionárias corroendo parcela maior da renda dos brasileiros, as ações ligadas ao mercado doméstico e aquelas sensíveis às taxas de juros voltaram a apresentar um pregão bastante negativo.

Após ajustes, a principal referência da bolsa local encerrou a sessão em queda de 0,45%, aos 118.322,26 pontos. Nas mínimas do dia, o Ibovespa chegou a recuar 1,15%, quando marcou 117.487 pontos. Já o volume negociado dentro do índice hoje foi de R$ 21,24 bilhões, abaixo da média diária anual, de R$ 23,5 bilhões.

Pela ótica global, a semana foi marcada pelo endurecimento da linguagem dos membros do banco central americano sobre a retirada dos estímulos monetários no país, também em meio às pressões inflacionárias elevadas. Neste contexto de menor disposição à tomada de risco e após três semanas de ganhos expressivos, os investidores realizaram lucros no Ibovespa, levando o índice à pior semana de 2022.

No acumulado da semana, o Ibovespa registrou queda de 2,67%, o pior desde novembro de 2021. No ano, os ganhos do principal índice de ações da bolsa local são de 12,88%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que o IPCA avançou 1,62% em março, depois de subir 1,01% um mês antes. Foi a maior variação para um mês de março desde 1994.

"Em termos de política monetária, o resultado de hoje reforça nosso cenário de que o Banco Central precisará revisar suas projeções de inflação de 6,3% para 2022 e 3,1% para 2023 e, em seguida, rever seu cenário-base para a política monetária de interromper o ciclo de aperto em maio. Mantemos nossa aposta de que o Banco Central aumentará a taxa básica de juros em 100 pontos-base em maio, 75 pontos-base em junho e 50 pontos-base em agosto, para 14,0%", afirma a equipe de economia do Credit Suisse.

Assim, as ações ligadas à atividade doméstica, em...

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