Investigadores acompanham vídeo de reunião ministerial

O vídeo da reunião no Palácio do Planalto em que o presidente Jair Bolsonaro teria manifestado sua intenção de interferir politicamente na Polícia Federal (PF) ainda está sendo exibido a investigadores. A audiência ocorre a portas fechadas na Superintendência da PF em Brasília. Fontes da corporação afirmam que o material tem quatro horas de duração.

O registro audiovisual foi indicado pelo ex-ministro Sergio Moro como prova de que o presidente tinha interesse em demitir Maurício Valeixo da direção-geral da PF, para colocar alguém de sua confiança e ter mais acesso a relatórios sigilosos de inteligência. O ex-juiz da Operação Lava-Jato diz ter sido ameaçado de demissão durante este encontro.

Além dos investigadores e dos advogados das partes, o próprio Moro também assiste ao vídeo. Logo após a exibição, o material será periciado para que seja verificada "a autenticidade e a integridade dos arquivos apresentados, bem como explorar de forma técnica e científica o conteúdo dos registros que interessem às investigações".

A perícia foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). O decano pediu, também, que o conteúdo da gravação seja transcrito. Ele afirmou que, por ser do grupo de risco para a covid-19, não poderia comparecer à exibição, mas precisa ter acesso ao material para decidir se é ou não o caso de impor sigilo.

Nesta terça, ainda vão prestar depoimento os ministros do núcleo militar Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto...

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