Juros futuros fecham em leve alta à espera de divulgação de vídeo pelo STF

Após oscilarem ao redor da estabilidade durante a primeira metade do pregão, as taxas futuras encerraram a sexta-feira (22) em leve alta, em especial nos vértices intermediários, com todas as atenções voltadas à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, sobre a divulgação do vídeo da reunião entre Jair Bolsonaro e ministros. A gravação é peça-chave das acusações do ex-juiz Sergio Moro contra o presidente.

No fim da sessão regular, o contrato do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 subiu a 2,49%, de 2,485%; o contrato para janeiro de 2022 avançou a 3,43%, de 3,36%; o DI para janeiro/2023 subiu a 4,59%, de 4,51%; o contrato para janeiro de 2025 foi a 6,44%, de 6,40%; e o DI janeiro/2027 cedeu de 7,43% para 7,42%.

A decisão do decano do STF deve ser publicada até as 17h. Há a expectativa de que a gravação seja divulgada praticamente na íntegra, exceto trechos relacionados à China e Paraguai.

Paralelamente, causou alguma apreensão a reação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, em relação ao encaminhamento também por parte de Celso de Mello, de pedidos de depoimento e apreensão do celular do presidente. Segundo Heleno, tal atitude significaria uma "interferência inadmissível de outro Poder" e poderia ter "consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional."

Apesar da reação de Heleno, é praxe que ministros do STF enviem esse tipo de ação para manifestação da PGR. Os pedidos fazem parte de três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares.

Na primeira parte do pregão, as taxas foram guiadas pelo vaivém do dólar, que também teve uma sessão volátil, e ao tom menos favorável a estímulos de Fabio Kanczuk, diretor de política econômica do Banco Central. Em videoconferência promovida pelo UBS, o economista ressaltou que cada membro do Copom tem uma visão diferente sobre o limite inferior negativo dos juros no Brasil. Ele ponderou, por sua vez, que o crescente risco fiscal pode tornar a política monetária mais estimulativa, mesmo mantendo os juros no patamar atual. "De um lado...

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