Juros futuros fecham em queda com otimismo sobre dados dos EUA

O ambiente favorável a risco continuou a dar as caras nesta quarta-feira (1º de julho) nos mercados globais, o que se refletiu nas taxas futuras de juros. Esse cenário se consolidou após a surpresa positiva dos agentes com o mercado de trabalho e com a atividade do setor industrial dos Estados Unidos e ajudou a retirar prêmio de risco da curva a termo, em especial nos trechos intermediários e longos. Na ponta curta, as taxas exibiram oscilações restritas, enquanto os agentes aguardam novas pistas sobre os rumos da Selic.

No fim da sessão regular, às 16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 passou de 2,07% no ajuste anterior para 2,065%; a do DI para janeiro de 2022 foi de 2,92% para 2,90%; a do contrato para janeiro de 2023 caiu de 4,02% para 4,00%; a do DI para janeiro de 2025 cedeu de 5,68% para 5,63%; e a do contrato para janeiro de 2027 recuou de 6,61% para 6,57%.

Os mercados enfrentam um dia de liquidez reduzida, tendo em vista que, na sexta-feira (3), véspera do feriado do Dia da Independência dos Estados Unidos manterá os negócios fechados por lá. Assim, o relatório de empregos do mercado de trabalho dos EUA (o chamado "payroll") com números referentes a junho será divulgado amanhã, em um ambiente já contagiado pelos dados do setor privado, que animaram os investidores. Segundo a ADP, a economia americana gerou 2,369 milhões de postos de trabalho no setor privado dos EUA, em um resultado ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado (+2,5 milhões). É preciso apontar, porém, que o dado de maio foi revisado de perda de 2,76 milhões de vagas para criação de 3,065 milhões de empregos.

Como nota o economista Andrew Grantham, do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), a série de empregos do ADP mostra, agora, uma recuperação de cerca de 28% dos empregos perdidos em março e abril juntos. “Se uma porcentagem semelhante fosse mostrada pelo payroll de amanhã, estaríamos vendo uma geração de aproximadamente 4 milhões de postos de trabalho nos EUA”, diz. Assim, para Grantham, os ativos de risco devem receber algum apoio em um dia que teve um início ruim devido ao aumento no número de casos de covid-19 em solo americano.

O tom otimista dos negócios ganhou ainda mais força depois que o ISM informou que o índice de atividade do setor industrial dos EUA subiu de 43,1 pontos em maio para 52,6 em junho, voltando ao território de expansão, no maior nível em 14 meses. Para os economistas Tim Quinlan e Sarah House...

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