A Justiça do Século XXI será extremamente útil
Autor | Luiz Guilherme Marques |
Páginas | 89-91 |
a justiça do século XXi sErá
EXtrEMaMENtE Útil
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Associação dos Magistrados Brasileiros – AMB (www.amb.com.br) di-
vulgou, em 12/04/2007, um importantíssimo informativo intitulado
Judiciário oferece atendimento terapêutico a envolvidos em litígios.
Com a licença dos prezados Leitores, transcrevo o inteiro teor do texto
para, ao nal, fazer alguns comentários:
“Isso pra mim é como um diploma”. A frase é de um microempresário, ao receber
carta que atesta que seu dever com a lei já foi cumprido. A partir de agora, não restará
sequer registro em sua folha penal da ocorrência que o levou até o Centro Interdiscipli-
nar de Apoio para Encaminhamento à Rede de Tratamento Biopsicossocial (Ciarb).
Ele conta que foi acusado pela esposa de agressão e, por determinação do Juiz, teve
de frequentar um grupo de auto-ajuda para não receber uma pena de restrição de li-
berdade. Por meio do programa de 12 passos do Alcoólicos Anônimos, está sóbrio há
quatro meses. Além do encaminhamento ao grupo, foi por meio do Ciarb que realizou
tratamento médico contra a depressão.
Palestra de Sensibilização
Na primeira quinta-feira de cada mês, acontece no Foro Central, em Porto Alegre,
uma reunião com o objetivo de sensibilizar e convencer os presentes a participarem de
um dos sete grupos de auto-ajuda vinculados ao CIARB (veja abaixo). A palestra
busca esclarecer o tipo de trabalho que é desenvolvido por cada um e os lugares onde
acontecem os encontros.
O primeiro encontro aconteceu em junho do ano passado. Em oito meses, cerca de 340
pessoas já foram beneciadas.
Os participantes chegam ao Centro encaminhados por Juízes pelos mais diferentes
motivos. Muitos zeram acordo com a vítima, com o Ministério Público ou com o Juiz,
que determinou a suspensão do processo enquanto o réu é acompanhado no CIARB,
inclusive com controle de presença. Em outros casos, os magistrados das Varas de
Família, ao detectar problemas em seus integrantes, aconselham que estes compareçam
a reunião voluntariamente.
A Juíza Osnilda Pisa, que coordena o trabalho do CIARB, ressalta que o trabalho
dos grupos é importante para o sucesso do programa, porque “estão sempre de portas
abertas”. Ao estarem presentes em diversos locais, dias e horários, proporcionam apoio
constante aos que necessitam.
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