Luiza Trajano lidera movimento por mais mulheres na politica

Um grupo de mulheres liderado pela empresária Luiza Trajano, presidente do conselho de administração da varejista Magazine Luiza, divulgou carta nesta terça-feira pedindo às vereadoras e prefeitas que serão eleitas neste ano o comprometimento com a defesa dos direitos humanos, da igualdade racial, da liberdade de imprensa, da saúde, do saneamento básico e do ensino público de qualidade.

Luiza Trajano diz que a iniciativa é um laboratório para os próximos passos do Grupo Mulheres do Brasil, que deverá ter mais voz política e peso nas próximas eleições. Criado há sete anos por empresárias e executivas, o movimento, que hoje também com líderes comunitárias, busca ampliar a participação das mulheres na política.

O grupo define-se como feminista e levanta as bandeiras da igualdade de gênero e do fim da violência contra a mulher, mas também defende uma pauta política e econômica mais ampla. Questões mais polêmicas, como aborto, por exemplo, não estão na agenda no momento. "As causas vão sendo construídas com o tempo", diz a empresária.

Até o início da tarde, o grupo havia registrado 356 pedidos de assinatura da carta, dos quais 199 foram realizados. Os pedidos de adesão vêm de candidatas de 27 partidos e de 22 Estados, incluindo as principais capitais do país, afirmam as coordenadoras do comitê de políticas públicas Alexandra Segantin e Lígia Pinto, que também participaram da divulgação oficial da carta de comprometimento, lançada no início de outubro.

Não há uma meta estabelecida para a adesão da carta, que foi lançada pelo grupo para essas eleições. O movimento coletivo de mulheres reúne 110 núcleos, com lideranças no Brasil e no exterior e atuação em 20 diferentes comitês, entre eles, políticas públicas, educação e saúde.

Segundo Luiza Trajano, a divulgação da carta é uma forma de dar voz às candidatas, sobretudo as vereadoras, nesta primeira fase. Ela diz que é a favor das cotas para mulheres a cargos púbicos porque entende que faz parte de um processo transitório para acertar a desigualdade. Por lei, 30% dos cargos públicos têm de ser ocupados por mulheres.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 555.384 candidatos, nessas eleições, 33,55% são de mulheres...

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