Manifesto em defesa da democracia se aproxima do “Diretas Já”, diz Pastore

Já passa de 17 mil o número de assinaturas no manifesto em defesa das eleições e das instituições democráticas brasileiras. “A coisa mais próxima desse movimento no passado recente é o movimento das ‘Diretas Já’”, afirma o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, um dos primeiros signatários do texto que começou a ser fomentado dentro do Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP).

“O que impressiona é como foi rápido haver consenso em torno da necessidade de a sociedade civil se colocar contra os ataques que o presidente da República está fazendo contra as instituições. E como foi rápida a adesão”, diz.

Pastore conta que o movimento começou a partir de troca de mensagens por chat de pessoas ligadas ao CDPP e, em poucas horas, o texto estava criado e assinado por milhares de pessoas. “Ao defender o voto impresso e atacar o Judiciário, um dos Poderes do país, o presidente está criando uma crise institucional, a sociedade civil tem que se manifestar”, ele afirma.

O economista Edmar Bacha, diretor da Casa das Garças e um dos criadores do Plano Real, diz que há duas mensagens importantes a serem transmitidas por meio do manifesto: a sociedade está levando a sério as reiteradas ameaças à democracia feitas pelo presidente; e a elite econômica não tolerará arroubos autoritários em nome de uma política econômica pró-mercado.

“As pessoas não costumavam levar o presidente a sério, olhavam para esses ataques como algo folclórico. Mas estamos, sim, levando a sério, estamos com a democracia...

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