Marine Le Pen diz que França corre risco de “guerra civil”

Preparando o terreno para enfrentar Emmanuel Macron nas eleições presidenciais de 2022, a líder da extrema direita da França, Marine Le Pen, disse que o país corre o risco de viver uma “guerra civil”.

As declarações foram dadas após um grupo anônimo que diz ser integrado por militares da ativa ter publicado, no domingo, um texto que afirma que a “sobrevivência” da França está em jogo devido ao que eles chamam de “concessões” feitas pelo governo ao islamismo.

Em abril, 20 generais da reserva publicaram uma carta aberta sugerindo uma intervenção para proteger o país de uma “guerra civil iminente”.

Não há qualquer sinal de que a França esteja caminhando para um conflito civil, mas alimentar a sensação de que o país está se tornando menos seguro são do interesse de Le Pen. Contra Macron, ela tenta se colocar como a candidata da lei e da ordem.

Le Pen apoiou os autores de ambas as cartas, publicadas pela revista de extrema direita Valeurs Actuelles.

A líder do Reagrupamento Nacional argumentou, no entanto, que não estava clamando por uma insurreição na França e pediu que aqueles que concordam com os textos se juntem a seu movimento político.

Em um evento de campanha no oeste da França ontem, Le Pen afirmou que a última carta oferece uma “avaliação lúcida” da situação do país. “Sempre existe o risco de uma guerra civil”, disse ela.

As declarações surpreenderam muitos na França, apesar de Le Pen ser conhecida por suas falas polêmicas em temas como a repressão da migração e a necessidade de ser mais dura com o islamismo.

Outros presidentes franceses enfrentaram advertências similares nos últimos anos, mas as ameaças nunca se concretizaram. Dentro do governo de Macron, as duas cartas são consideradas como uma manobra política.

Le Pen está perto de Macron nas...

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