Membros da OAB-RJ renunciam para criticar gestão; Felipe Santa Cruz rebate

Alegando discordâncias com a gestão do presidente da seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, todos os 10 integrantes de uma comissão da entidade apresentaram uma renúncia coletiva nesta terça-feira (28/3). Um deles era Álvaro Sérgio Gouvêa Quintão, também abriu mão da presidência do Sindicato dos Advogados do estado. A subcorregedora da OAB-RJ Adriana Gagliardi Dáquer também deixou a entidade.

Em nota, os agora ex-integrantes da Comissão de Estudos sobre Honorários Advocatícios de Sucumbência na Justiça do Trabalho afirmaram que continuarão “na trincheira de luta, em prol da aprovação definitiva do projeto de lei que estabelece a concessão da verba honorária de sucumbência em todos os processos trabalhistas, causa histórica abraçada por nós e por uma legião de advogados pelo país, com destaque para os saudosos amigos, o ex-ministro Arnaldo Sussekind e o nosso mestre Calheiros Bomfim, que elaboraram o anteprojeto”.

Os que abriram mão de seus postos são Nicola Manna Piraíno (presidente); Vinicius Neves Bonfim (vice-presidente); Alvaro Sergio Quintão (secretário-geral); Sergio Batalha; Valéria Teixeira Pinheiro; Myriam Denise da Silveira de Lima; Luiz Alexandre Fagundes; Adilza de Carvalho Nunes; Marcos Davi Pereira Pontes e Carlos Henrique Andrade da Cruz.

Ataque direto

Álvaro Quintão foi mais agressivo ao renunciar à presidência do Sindicato dos Advogados do Estado do Rio de Janeiro. Em carta endereçada a Santa Cruz (leia abaixo), o advogado afirmou que sob a gestão dele, “a OAB-RJ passou a tomar medidas individualistas e desvirtuadas de todos e de tudo, em muitos casos contrariando, abertamente, a vontade da própria categoria”. Alguns dos atos criticados pelo advogado são o apoio à transferência de varas do Trabalho para o Recreio dos Bandeirantes e a demora em preencher vagas no Tribunal de Justiça fluminense pelo quinto constitucional.

“O que temos hoje é uma entidade afastada dos interesses da advocacia e dos setores mais progressistas do Estado. Uma anuidade caríssima (das maiores do nosso país) que não é revertida em efetivos serviços para a advocacia, e nem é utilizada para defender o advogado diante da administração dos tribunais”, criticou Quintão, afirmando que, enquanto esteve na OAB-RJ, lutou para aumentar a transparência da entidade e melhorar as condições de trabalho da categoria.

Ao site do sindicato, Quintão desabafou: “Sinto ao mesmo tempo um alívio por não fazer mais...

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