Meninos negros são maioria absoluta de afetados pelo trabalho infantil

O trabalho infantil no Brasil atinge sobretudo a população preta e parda do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Antes da pandemia, entre as 1,76 milhão de crianças nessa situação no Brasil até 2019, 66,1%, eram de cor preta ou parda. Essa incidência de negros entre as crianças que trabalham é superior à de negros na população geral (60,8%). Em contraste, embora os brancos sejam 38,4% dos brasileiros, seus filhos são apenas 32,8% das crianças que trabalham.

Relativas ao ano passado, as informações são da pesquisa PNAD Contínua: Trabalho das Crianças e Adolescentes, divulgada nesta quinta-feira pelo instituto.

A desagregação do dado do trabalho infantil por sexo mostra que 66,4% das crianças nessa situação são do sexo masculino, enquanto somente 33,6% eram mulheres, ainda que homens e mulheres tenham percentuais muito próximos na população geral – 51,1% e 48,9% respectivamente.

Com relação à escolaridade, 86% dessas crianças estudavam, enquanto 14% não frequentavam a escola.

Entre o grupo de 1,3 milhão que mantinha atividade remunerada em 2019 – o restante trabalhava para autoconsumo – a maioria, 57,7%, estava na condição de empregados, enquanto 30,9% trabalhavam para a família e 11,5%...

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