Menos de 23% dos brasileiros usam preservativos em todas as relações sexuais, mostra IBGE

O brasileiro se protege pouco contra doenças sexualmente transmissíveis. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que apenas 22,8% das pessoas acima de 18 anos no Brasil afirmaram usar preservativo em todas as relações sexuais que tiveram nos 12 meses anteriores à entrevista, realizada em 2019, o que corresponde a 26,6 milhões de pessoas.

Em áreas urbanas, esse patamar foi de 23,5%, enquanto nas regiões rurais ficou em 18,2%. O IBGE informou ainda que 59% afirmaram não terem usado o preservativo em nenhuma das relações nos 12 meses anteriores à entrevista.

A pesquisa mostrou que também há variações regionais e o uso do preservativo em todas as relações nos 12 meses anteriores à entrevista variou entre 28% na Região Norte e 20,3% na Região Sul. Também houve diferença de gênero, com 24,4% dos homens afirmando usar a proteção em todas as relações, enquanto entre as mulheres o patamar foi de 20,9%.

O IBGE apontou ainda que o uso entre a população de cor preta (25,2%) foi maior que entre a população branca (21,6%).

Os mais jovens apresentaram, segundo a pesquisa, um índice maior de uso de preservativos em todas as relações no ano anterior à entrevista. Entre os brasileiros de 18 a 29 anos, 36,5% se protegeram em todas as ocasiões, patamar que passou para 21,7% entre aqueles de 30 a 39 anos, para 17,9% entre 40 e 59 anos e 11,6% entre 60 anos ou mais.

A proporção de pessoas que afirmaram não terem usado preservativo aumentou com a idade. Assim, 34,2% das pessoas de 18 a 29 anos não usaram camisinha em nenhuma das relações sexuais que tiveram nos últimos 12 meses, percentual que aumentou para 57,7% entre os indivíduos de 30 a 39 anos, 69,2% no grupo de 40 a 59 anos, e 82% entre a população de 60 anos ou mais.

A escolaridade também influenciou no resultado e observou-se que o uso de preservativo em todas as relações sexuais foi menos frequente entre a população sem instrução e fundamental incompleto, com 17,2%. Tal proporção aumentou para 23,5% entre as pessoas com fundamental completo e médio incompleto e 26,2% entre as pessoas com ensino médio...

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