Ministério Público denuncia assessor de Bolsonaro por gesto racista em sessão do Senado

A Procuradoria da República no Distrito Federal apresentou denúncia por crime de racismo contra o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. A ação foi enviada na terça-feira à 12ª Vara de Justiça Federal.

Para o Ministério Público Federal (MPF), o assessor do presidente Jair Bolsonaro utilizou, durante sessão do Senado realizada em março, gestos usados por movimentos de extrema direita ligados à ideia de supremacia racial branca, fazendo referência à expressão “White Power”.

Martins deve voltar ao Senado para ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, em 22 de junho, para explicar sua participação em uma reunião sobre vacinas entre integrantes do governo e representantes da farmacêutica americana Pfizer.

Na denúncia, o MPF diz ter ficado evidente que o assessor de Bolsonaro agiu de forma intencional e tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude do seu gesto.

De acordo com o órgão, ele pode ser condenado à prisão, ao pagamento de multa mínima de R$ 30 mil e à perda de cargo público. A investigação contou com informações do inquérito conduzido pela Polícia Legislativa do Senado.

Segundo os procuradores, foram realizadas perícias minuciosas sobre os movimentos praticados por ele a fim de analisar se o assessor estaria de fato apenas ajeitando o seu terno, como ele alegou. A conclusão é de que o seu gesto não seria compatível com esse movimento.

O MPF disse ter analisado “o perfil e o histórico” de Martins para concluir que o gesto não aconteceu de forma casual. De acordo com o órgão, ele apresenta padrão de comportamento e difusão de ideias ou...

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