Oração

AutorSandro Nahmias Melo
Páginas17-18
ORAÇÃO(*)
Sandro Nahmias Melo
(**)
(*) Homenagem ao acadêmico Georgenor de Sousa Franco Filho realizada durante 3º Simpósio Internacional de Direito do Tra-
balho e Processo do Trabalho, na sede da AASP, em 28.03.2019.
(**) Juiz do Trabalho Titular (TRT da 11ª Região). Mestre e Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Professor Adjunto da Universidade do Estado do Amazonas. Membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.
(***) Rm 13:7.
Senhoras e Senhores,
Homenagear, honrar a quem merece honra é uma
obrigação(***); homenagear a quem se admira demanda
empenho, dedicação. A responsabilidade cresce quando
a homenagem é marcada por oração. Comprometido sigo
nesta missão, confiada a mim pela douta Associação dos
Advogados de São Paulo, de honrar a Georgenor de Sousa
Franco Filho, pelo seu legado e, ao Direito do Trabalho,
por sua contribuição. Sigo orando, como o momento re-
quer, agora sem rima então.
A SEMEADURA
Impossível não reconhecer um momento de colhei-
ta nesta oportuna homenagem realizada pela Associação
dos Advogados de São Paulo e idealizada pelo nobre ad-
vogado Jorge Cavalcanti Boucinhas. Hoje, o professor e
magistrado, Georgenor de Sousa Franco Filho colhe o
que semeou. Como se sabe, não existe colheita sem se-
meadura, e esta seguirá sempre a natureza, a qualidade e a
quantidade das sementes (Gl 6:7).
Sementes não faltaram na vida do homenageado. Tal
qual uma frondosa mangueira da Praça da República, em
Belém, todos da comunidade jurídica brasileira sabem que
as raízes de Georgenor estão no Pará, pérola da Amazô-
nia Oriental. Lá todos conhecem o filho de Georgenor de
Sousa Franco, o pai, e de D. Hermínia Balthazar Domont
de Sousa Franco. Neles temos a prova do brocardo de que
“quem puxa os seus, não degenera”. Georgenor, o pai, foi
príncipe dos poetas do Pará e presidente da Academia
Paraense de Letras, profissional respeitado e querido por
todos em Belém. Geogenor, o filho, trilhando o caminho
do pai, faz parte da realeza da comunidade jurídica do
Estado do Pará, e também do Brasil.
Na terra do príncipe dos poetas, todos se recordam
que Georgenor, o filho, há 38 anos tomava posse como
Juiz do Trabalho de carreira no TRT da 8ª Região, apro-
vado em 1º lugar em concurso de provas e títulos. Tri-
bunal onde atua, desde 1995, como desembargador do
trabalho, época em foi promovido por antiguidade, uma
vez que recusou a promoção por merecimento.
No TRT da 8ª Região, como boa árvore frutífera, cres-
ceu. Foi Corregedor Regional (1998/2000), Vice-Presi-
dente (2000/2002) e Presidente (2002/2004), época na
qual foram criadas a área da Cidadania, a Ouvidoria, o
Diário Oficial da Justiça do Trabalho da 8ª Região e obtida
doação de grande espaço que, atualmente, é ocupado pelo
edifício das Varas do Trabalho de Belém. Também atuou
como Juiz Convocado do Tribunal Superior do Trabalho,
nos períodos de março 1997 a novembro 1998 e de agos-
to a outubro de 2002.
Graduado em Direito, em 1975, na Federal do Pará.
Em 1995, obteve o título de Doutor em Direito Interna-
cional pela USP, com nota 10, tendo sido orientando do
Prof. Vicente Marotta Rangel, que presidiu a banca exa-
minadora, composta, também, pelos Profs. Cássio Mes-
quita Barros Jr., José Roberto Franco da Fonseca, Diva
Benevides Pinho e Fernando Mourão.
É professor Titular VII de Direito Internacional e de
Direito do Trabalho no Curso de Graduação em Direito
e Professor do Mestrado em Direitos Fundamentais da
Universidade da Amazônia (UNAMA). Ali ingressou por
concurso público, mais uma vez aprovado em 1º lugar, no
dia 12 de fevereiro de 1979.
A COLHEITA
O ano de 2019 é emblemático. Em fevereiro, o pro-
fessor Georgenor contabilizou 40 anos de atuação inin-
terrupta no magistério. Ao longo dos anos, suas aulas se
estenderam às conferências em cerca de 300 congressos
nacionais e internacionais em praticamente todos os
Estados do Brasil e vários países estrangeiros. Semeou
conhecimento por onde passou. Aqui, mais uma vez, a
colheita se mostrou obrigatória. Sou testemunha disso.
Praticamente, há 20 anos atrás, em um dos Con-
gressos da LTr em São Paulo, eu acompanhava, atento, a

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