Ou O Judiciário Se Moderniza Ou

AutorLuiz Guilherme Marques
Páginas509-510
ou o judiciário sE ModErNiZa ou...
Quando a gente começa a observar as mudanças que ocorrem continua-
mente no planeta, estudando a Biologia, Geologia, Sociologia, Econo-
mia, História, Direito etc., adquire a certeza de que a Evolução é o substrato
que prevalece na aparente casualidade cega dos acontecimentos.
CHARLES DARWIN enxergou, com uma clareza solar, a Evolução no
emaranhado dos fatos da Natureza.
Dentro da Política, as eleições de BARACK OBAMA nos Estados Uni-
dos e LULA no Brasil representam não mudanças, mas mutações que as-
sustam os imobilistas, aristocratas, oligarcas e elitistas, que, na sua maioria,
associam-se em pequenos grupos exclusivistas para dominar as populações
desinformadas e despreparadas.
A nós, operadores do Direito, cabe-nos também analisar o movimento
evolutivo dentro da nossa área de atuação.
No Brasil, por exemplo, depois de uma certa estagnação dos Tribunais,
pela acomodação de grande parte dos seus membros em virtude da não-exis-
tência de scalização externa, criou-se o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
que eliminou da Magistratura alguns focos doentios, dentre os quais o mais
grave era o nepotismo, galho robusto da grande árvore da Corrupção.
Outra mola impulsionadora do progresso recente do Judiciário nacional
foi a presença na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) do sulista
RODRIGO COLLAÇO (gestão anterior) e do nordestino MOZART VA-
LADARES (gestão atual), os quais contribuíram para a oxigenação de alguns
departamentos da nossa instituição.
Todavia, não se pode viver apenas em função das lideranças.
Quanto mais a Evolução se processa, a participação dos anônimos tende
a ganhar maior importância.
Cada membro da estrutura deve realizar sua parte no aperfeiçoamento
da área em que atua.
Não há como entender razoável que um dia seja igual ao anterior.
Os paradigmas, pessoas, equipamentos, tudo é avaliado pelos olhos crí-
ticos e percucientes da população.
Temos como opções: evoluirmos, para melhor darmos conta da avalanche
de processos que vêm às nossas mãos, ou acomodarmo-nos nos padrões ultra-
passados e sermos substituídos pelos Juízos Arbitrais e outras formas alterna-
tivas que forem sendo tidas como mais modernas e ecientes que o Judiciário.
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