Pandemia leva taxa de mortalidade à maior da década no Brasil, diz IBGE

A taxa de mortalidade do Brasil ficou em 8,5 óbitos para cada mil habitantes ao término de 2021, a maior desde 2010, início da série para esse dado fornecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mais de um ponto acima de 2020 (7,4 por cada mil habitantes). A pandemia, iniciada em março de 2020 no país, afetou os resultados de óbito no Brasil nos últimos anos, afirmam os pesquisadores do instituto na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): Uma análise das condições de vida da população brasileira de 2021, veiculada pelo instituto nesta sexta-feira.A influência dos óbitos por covid-19 na série histórica do IBGE para taxa de mortalidade é visível, na pesquisa. Até 2019, a taxa de mortalidade no país, quando não ficava estável, mudava pouco de um ano para outro, sempre a permanecer entre 5 mortes a 6 óbitos por grupo de mil pessoas. Em 2020, saltou para 7,4 mortes para cada grupo de mil habitantes ante 6,4 óbitos, para grupo de mil pessoas, em 2019.A pandemia, de maneira geral, afetou todo o cenário de mortalidade do país, nos últimos anos. O total de óbitos em 2021, na pesquisa do IBGE veiculada hoje, foi de 1,8 milhão em 2021, acima dos 1,6 milhão em 2020. Os pesquisadores do instituto comentam, no estudo, que a variação anual média de óbitos no Brasil entre 2010 e 2019 era positiva em 1,1%, anualmente. Mas, de 2019 para 2020, o número de óbitos subiu 15,3%; e de 2020 para 2021, saltou 16,8%.O IBGE calcula aumento de 102,3% nos óbitos por covid-19 entre 2020 e 2021, para 420,3 mil pessoas.Outra mudança causada pela covid-19 foi na ordem principal das causas de óbito no país, a partir de 2020. Entre 2010 e 2019, as doenças infecciosas e parasitárias, como a covid-19, eram responsáveis por menos de 5% do total de óbitos no país - sendo que, em 2019, a fatia era de 4,2% do total. A partir de 2020, essa parcela ficou em...

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