Parada forçada

Após montadoras, férias coletivas chegam às fábricas de eletrodomésticos e eletrônicosLino Rodrigueslino.rodrigues@sp.oglobo.com.brRonaldo D'Ercoleronaldod@sp.oglobo.com.brRevisão de expectativa. Linha de produção de televisores, na Zona Franca de Manaus: 58% das empresas do setor preveem perdas em razão dos horários dos jogos da CopaLeonardo Rodrigues/"Valor"/8-5-2014Pé no freioSÃO PAULOO ritmo morno da economia levou indústrias de diferentes áreas, especialmente dos setores de eletrodomésticos e de motocicletas, a dar férias coletivas aos empregados a partir deste mês. Além disso, os feriados previstos para a Copa também têm efeito na indústria. Desde ontem, a Electrolux colocou em férias coletivas cerca de 4.600 dos 8.600 funcionários de suas três fábricas no país - localizadas em Curitiba, São Carlos (SP) e Manaus. As paralisações vão variar de 10 a 30 dias. De acordo com a empresa, a decisão de reduzir a produção se deve à "economia desacelerada e à Copa do Mundo". A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, também colocou funcionários em férias coletivas, como informou Míriam Leitão, na edição de sábado.Levantamento junto a 550 empresas do setor feito pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) constatou que 58% delas preveem perdas na produção por causa dos horários diferenciados dos jogos da Copa. E que um terço delas programou "jornada especial" para os dias das partidas a fim de "amenizar as perdas".Na Whirlpool, todo o pessoal do setor administrativo das quatro fábricas da empresa no país - localizadas em Manaus, Joinville, Rio Claro e São Paulo - ficará parado entre os dias 12 e 25 deste mês. Na fábrica da Whirlpool da Zona Franca de Manaus, as férias coletivas, que sazonalmente ocorrem em julho, foram antecipadas para o dia 9, com volta prevista só para 8 julho. Em Rio Claro, a parada vai de de 16 a 25, e em Joinville, de 12 a 25. Ao todo, um terço dos cerca de cinco mil empregados da empresa terá férias neste mês.nas montadoras, 20 mil afetadosAs paralisações na produção de eletrodomésticos ocorrem menos de dois meses depois de as principais montadoras do país darem um freio de arrumação para ajustar a produção ao ritmo fraco das vendas. O desempenho do setor foi afetado pelo desaquecimento do mercado interno e pelos problemas econômicos da Argentina, o principal destino das exportações brasileiras de veículos. Com estoques em alta, as empresas passaram a alternar medidas para adequar a produção: antecipação de...

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