Prefácio à 17ª Edição

AutorBenedito Rodrigues Pontes
Páginas15-21

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A cada nova edição o texto é revisto e os principais conceitos são atualizados. A partir da 12a edição, o texto foi ampliado com a introdução da administração da remuneração, tornando o livro mais completo. Nesta edição, o texto foi revisto e atualizado.

O tema "Administração de Cargos e Salários" passa por discussões e mudanças significativas na forma de aplicação dos conceitos nas organizações. As análises que faremos adiante têm como cenário uma empresa moderna, preocupada com a competitividade e com a quali-

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dade de seus produtos e serviços. As recomendações que efetuamos a seguir à análise têm, também, este palco. Como as empresas estão em estágios diferentes de avanços, as recomendações devem igualmente ser entendidas e aplicadas segundo esse mesmo grau de avanço.

O mundo empresarial mudou rápida e radicalmente. A mudança foi tamanha que tudo que era usual está hoje sendo questionado. Isso quer dizer que as técnicas tradicionais devem então ser abandonadas? Uma resposta sem pensar talvez pudesse levar ao abandono simplesmente de tudo que existe de técnicas tradicionais. A nossa questão é a Administração de Cargos e Salários. Essa técnica continua sendo válida em nossos tempos? Para que possamos responder a essa questão, de forma um pouco mais aprimorada, devemos antes verificar o que mudou e quais são as necessidades atuais das empresas. Verificado isso, teremos de analisar se podemos aplicar as técnicas de Administração de Cargos e Salários de forma evoluída, condizentes com os novos tempos, ou se é caso de abandoná-las e partirmos para técnicas totalmente novas.

O que mudou? A velocidade das mudanças. As descobertas e as tecnologias eram para períodos mais longos. Atualmente, a rapidez das mudanças tecnológicas é simplesmente fantástica. Faça uma rápida comparação da evolução de qualquer produto, por exemplo, o microcomputador. Um microcomputador de última geração de dois anos ou de um ano atrás, que era a maravilha engenhosa da época, comparado ao equivalente de hoje, mais parece uma "carroça". O tempo de comparação diminuiu consideravelmente. Antes a comparação de tecnologia era feita considerando períodos de tempo mais longos, de anos; atualmente, de meses.

Mudanças de economia "setorial" para economia "global". A concorrência entre as empresas era local ou regional; hoje se faz com as empresas do mundo todo. Essa mudança impôs às empresas uma necessidade e uma preocupação constantes de produzir melhor e com maior eficiência. A globalização exige que as empresas tenham produtos com melhor qualidade, inovação constante e preços adequados, gerando isso a necessidade de uma atuação flexível por parte dessas empresas. A busca da competitividade passa, obrigatoriamente, pela adoção de ação flexível para revisão de processos e tecnologias, para mudanças da forma de atuação, para a adoção da simplificação dos modelos administrativos.

Da "visão reducionista" para a "'visão holística". Os tratados nas ciências eram descritos dentro dessa visão miúda, na qual não era visto o todo. Hoje, nova corrente se impõe à "visão holística". Ver o todo. A "visão holística" tem transformado várias ciências. As próprias universidades reestudam seus currículos, buscando formação mais abrangente de

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seus alunos. Dentro das organizações a preocupação antiga era com a divisão dos processos, a formação profissional dava ênfase exagerada à especialização, o imperativo da "visão reducionista". Atualmente, verificamos nas empresas a mesma mudança que verificamos nas ciências. As empresas preocupam-se com a junção dos processos...

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