Produção nacional de plásticos cai 40% em abril e setor teme demissão em massa

O avanço da covid-19 está deixando marcas distintas nos diferentes segmentos da indústria brasileira do plástico, mas é comum à maior parte do setor a decisão de congelar investimentos e a percepção de que, na falta de previsibilidade quanto à retomada pós-covid e de capital de giro, há risco de demissão em massa.

Na média, segundo sondagem conduzida pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), houve queda de 40% na produção do setor em abril. Contudo, enquanto os transformadores cujos negócios estão mais expostos ao setor automotivo ou à construção civil sentiram fortemente o baque da crise, empresas que fornecem produtos plásticos para a área de saúde e descartáveis verificaram aquecimento da demanda.

O desempenho mais fraco em mercados que foram atingidos negativamente pela pandemia acabou puxando a queda de 36% nas vendas da indústria no mês passado, conforme a pesquisa realizada pela entidade em abril, com empresas de todo o país.

A sondagem mostra ainda que 74% das empresas esperam ter queda ou forte queda no capital de giro. Em média, é preciso reforçar em 40% a disponibilidade de recursos para manter a operação. “Os recursos não estão chegando às empresas. Estão empoçados nos bancos. Se não houver perspectiva de retomada, as empresas farão demissão em massa”, alerta Roriz.

A sondagem da Abiplast indica que, em abril, 61% dos transformadores plásticos pretendiam recorrer a medidas de redução de jornada e salários e suspensão de contratos de trabalho para evitar demissões. O uso dos instrumentos liberados pelo governo na Medida Provisória (MP) 936 tem evitado cortes maiores na folha, mas é urgente que a saída da pandemia comece a ser organizada, de acordo com Roriz.

“As empresas vão sair muito sofridas da crise. E o país está muito desorganizado no que se refere à saída da pandemia...

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