Psicologia e Representações Sociais
| Autor | Clintton Furtado de Mendonça da Rocha |
| Páginas | 393-407 |
393
PSICOLOGIA E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Clintton Furtado de Mendonça da Rocha
RESUMO
Este artigo pretende apresentar a origem da Teoria das Representações
Sociais a partir da tese de doutorado defendida por Serge Moscovici em 1961. A
teoria enriqueceu os saberes do senso comum e cientifico, quando Moscovici
propôs estudar como a psicanálise adentrou na sociedade francesa depois da
segunda guerra mundial e passou a ser mais acessada por grupos políticos,
religiosos, acadêmicos e cientistas, como outros. Moscovici conduziu sua pesquisa
de forma diferente, porque ele compreendia que as representações são construções
simbólicas que se criam e recriam no decorrer das interações sociais. As
Representações Sociais se apresentam como uma forma de interpretar e pensar o
conjunto de pensamentos que se configuram na realidade diária, se assentando na
observação dos processos pelos quais os indivíduos em via de mão dupla
constroem, coletivamente, teorias sobre os instrumentos sociais, que tornam viável
a comunicação e organização dos comportamentos. Nessa compreensão, as
representações são abastecidas também pelas teorias científicas e tudo aquilo que
sustenta a cultura, alimentando-se das teorias científicas, e dos grandes eixos
culturais, das ideologias formalizadas, das experiências e das comunicações
frequentes. Tais teorias estão arroladas no pensamento representativo do senso
comum, cuja forma de funcionamento é diferente do sistema representativo do
saber científico.
Palavras-chave: Psicologia Social. Representação Social. Abordagem processual,
Serge Moscovici.
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