PT critica reformas e defende fim do teto de gastos em balanço dos 5 anos pós-impeachment

Ao fazer um balanço dos cinco anos seguintes ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em livro lançado nesta terça-feira, o PT critica a política econômica dos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, posicionando-se contra o teto de gastos, a independência do Banco Central (BC), a reforma da Previdência e a flexibilização do mercado de trabalho.

No livro “Brasil: cinco anos de golpe e destruição”, publicado pela Fundação Perseu Abramo, do PT, partido afirma que a condução da política macroeconômica depois do impeachment “parece um samba de uma nota só: ajuste e reformas”. Ao defender o fim do teto de gastos, que congelou os investimentos públicos, o PT sustenta que a austeridade fiscal do atual governo tem gerado resultados desastrosos.

“Não faltaram medidas de ajuste: foram feitas duas reformas trabalhistas e uma previdenciária; adotadas duas novas regras fiscais – o teto dos gastos imposto pela Emenda Constitucional 95 (EC 95/2016) e a chamada PEC emergencial; o Banco Central tornou-se independente; empresas públicas foram privatizadas. Como o diagnóstico era falso e equivocado, o Brasil não voltou a crescer de forma sustentável”, afirma no livro.

“Ao contrário, o desequilíbrio fiscal persiste, a inflação voltou a assombrar, a economia brasileira está menor e fora da lista das dez maiores do mundo, a população está mais pobre e assolada pela fome. Nem o PT quebrou o Brasil, nem o ajuste neoliberal é eficiente”, diz.

Na obra, com 320 páginas, o partido afirma que, das privatizações à flexibilização do mercado de trabalho, da reforma administrativa à autonomia do Banco Central, “a estratégia é sempre a mesma: retirar da arena da política e dos espaços democráticos as decisões sobre a gestão econômica”.

O livro é organizado por Sandra Brandão, tem apresentação da ex-presidente Dilma e prefácio do presidente da Fundação Perseu Abramo, o ex-ministro Aloizio Mercadante.

Segundo o partido, as chamadas pedaladas fiscais, que embasaram o pedido de impeachment de Dilma, “criminalizaram” a ação governamental e o gasto público” e deram “corpo a um discurso de redução do papel do Estado e seus serviços”, com a “necessidade de reduzir o déficit público exclusivamente por meio do corte de gastos”.

O PT critica a redução do Estado via política fiscal, “a omissão do Banco Central em atuar a favor do crescimento” e a “precarização e aumento da desigualdade no mercado de trabalho”.

Na avaliação do partido, a política fiscal adotada no pós-impeachment...

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