Por que quero presidir a Ordem dos Advogados do Brasil do Mato Grosso do Sul

* Este artigo foi produzido como parte da campanha da eleição da OAB-MS.

Disponibilizei o meu nome para a disputa ao cargo mais elevado de nossa instituição por entender que a solução de nossos problemas passam pela inclusão de todos os seguimentos da advocacia nas discussões da Ordem.

Sendo douradense, com advocacia estabelecida nesta capital e tendo percorrido todas as subseções do estado, pude perceber que a advocacia é carente. Carente, principalmente, de uma efetiva representatividade e do respaldo eficaz de suas reivindicações.

A advocacia é carente, também, porque a própria instituição vem se fragilizando ao longo dos anos, ao se distanciar das questões da classe, mantendo uma hegemonia de poder que pode chegar a quase uma década. Tais constatações não passam despercebidas e o movimento que quer o fim das reeleição para a presidência da OAB está ganhando força em todo o país.

O advogado do interior não é diferente do advogado da capital, mas é o que encontra maior dificuldade para o exercício da profissão, porquanto está mais próximo das mazelas setoriais e do cotidiano duro imposto por uma cultura opressora, onde muitos juízes que nunca foram advogados efetivamente atuantes, não são dotados da sensibilidade que se espera na formação humanística que se exige nos concursos atuais.

Além disso, por estarem distantes da nossa instituição, aquelas autoridades que exercem o seu múnus público, sem o olhar destacado da seccional, muitas das vezes violando as nossas mais caras prerrogativas e não recebendo a devida reprovação, prevista no Estatuto e, tornam um hábito — o que é um absurdo. Para essa situação, o único meio de enfrentamento é ter respeito e transparência, o que não se pode dizer da atual gestão.

Eu quero ser presidente da OAB do Mato Grosso do Sul porque acredito no projeto que estamos criando de forma ampla, democrática e porque estamos em sintonia com todos os setores da advocacia, o que se reflete na maior chapa registrada nos últimos pleitos, em número e em representatividade setorial. Há desde os advogados públicos até os advogados que individualmente sofrem com a falta de acessibilidade (inclusive na própria sede da OAB-MS).

A nossa caminhada, para a formação deste pensamento coletivo, começou mesmo antes da atual gestão, anos atrás e, neste particular, sempre buscamos despertar nos advogados o senso crítico de que faz quase uma década que a seccional adota o mesmo discurso, o de que não se pode enfrentar...

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