Por que quero presidir a Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal

* Este artigo foi produzido como parte da campanha da eleição da OAB-DF.

No dia 29 de novembro, advogadas e advogados do Distrito Federal irão escolher democraticamente a nova diretoria da OAB-DF para o triênio 2019-2021. Com todo o respeito que a advocacia merece e a humildade de quem vive, enfrenta e, por esta razão, conhece os problemas da profissão, convidamos a todos a participar da construção de um programa que tem um só objetivo: avançar nossas lutas, valorizar o exercício profissional e convidar cada um a participar dos destinos da instituição.

É chegado o momento de uma nova dinâmica em nossa entidade, a partir do conhecimento da realidade de uma advocacia cujo perfil alterou-se radicalmente nos últimos anos. A Ordem precisa trabalhar, mais e mais, no sentido de oferecer caminhos àqueles que, sem condições de se estabelecer, buscam empregos em outros escritórios ou passam a fazer "bicos".

Por aqui se concentra o maior número de advogados per capita do país, numa escala a cada ano maior e complexa. Situação que reflete outro fenômeno nacional: caminhamos a passos largos para a marca de mais de 1,5 milhão de advogados e um número recorde de faculdades de Direito.

Vem daí o enorme desafio para todos nós. Não bastam iniciativas como as que permitiram o acesso dos escritórios de advocacia aos benefícios tributários. O que a Ordem precisa é trabalhar, mais e mais, no sentido de oferecer caminhos àqueles que, sem condições de se estabelecer, buscam empregos em grandes escritórios. Empregos, é bom que se diga, cada vez mais raros, seletivos, e, quando aparecem, muitas vezes funcionam como meras linhas de montagem.

Não é de surpreender a quantidade de colegas vivendo de “bicos”, subempregos, alguns retornando à casa dos pais por absoluta incapacidade de arcar com custos de aluguéis, atrasando prestações e mensalidades das escolas dos filhos, e por aí vai.

Mães advogadas nessa situação quase sempre cumprem tripla e extenuante jornada de trabalho, algumas, inclusive, lactantes e com crianças de colo. Por esta razão, a chapa "Quem Sabe Faz a Ordem", que recebeu o número 10, tem presença majoritária feminina na composição de sua diretoria. Dos cinco cargos, três mulheres em posição de comando, não simples figuração. Fato inédito na administração a da Ordem.

Está longe aquela romântica imagem do advogado como profissional liberal por excelência, dono do seu próprio nariz. O exercício da advocacia...

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