Renan Calheiros admite rever número de crimes atribuídos a Bolsonaro em relatório final

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse neste domingo que o número de crimes que o relatório final deve atribuir ao presidente Jair Bolsonaro pode ser alterado. Em entrevista à Globo News, ele afirmou que o objetivo do adiamento da apresentação do parecer, que estava prevista para terça-feira, é pacificar pontos de vista.

Depois de grande parte do conteúdo do relatório preliminar ter vazado para a imprensa no fim de semana, parte dos senadores ficou insatisfeita, por entender que há questões polêmicas e que podem enfraquecer a legitimidade do trabalho da CPI, como as acusações de genocídio de povos indígenas contra o presidente e de “advocacia administrativa” (patrocinar interesse privado) contra seu filho mais velho, o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Apesar de mostrar abertura para modificar o relatório, que segundo ele tem diversas minutas e ainda estava sofrendo ajustes e correções, Renan mostrou convicção de que Flavio incorreu nesse tipo penal ao confessar que levou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o dono da empresa Precisa Medicamentos, que tentou vender vacinas superfaturadas ao governo.

No caso da acusação de genocídio de indígenas, o relator destacou que os juristas ouvidos “são quase unânimes” nessa questão. Segundo ele, há certa confusão da parte de alguns senadores sobre isso, achando que por ter mandado vacina aos povos Bolsonaro estaria isento desse crime.

O senador atacou duramente o presidente da República: “Ele sempre teve uma compulsão de morte. Ainda como deputado ele disse que o Brasil não soube encaminhar bem a matança dos indígenas. Na presidência, são vários os atos que visam influenciar o ambiente de sobrevivência desses povos originários. Mas claro vamos discutir o ponto de...

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