Resultado do Censo é 'expressão de conscientização em curso no Brasil', diz presidente do IBGE

A predominância de pessoas que se declaram pardas sobre os brancos e demais grupos étnico-raciais da população brasileira, registrada pela primeira vez, é fruto de uma conscientização que está em curso no Brasil. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, Censo reflete o "empoderamento" da população que não se considera branca no país."O trabalho político, de conscientização e de melhor empoderar do povo brasileiro permitiu que o Censo realizado pelo IBGE fosse cada vez mais percebido como avanço da população não branca no Brasil. Isso é a expressão de uma conscientização que está em curso no Brasil", disse Pochmann na coletiva de divulgação dos dados "Censo Demográfico 2022: Identificação étnico-racial da população, por sexo e idade", em Salvador (BA).Os dados divulgados nesta sexta-feira (22) indicam que o número de brasileiros que se declaram pardos cresceu 11,9% desde 2010, passou o de brancos e se tornou o maior grupo racial do país pela primeira vez, com 45,3% da população total, estimada de 203 milhões de pessoas. A população que se declara preta também cresceu - hoje 10,2% dos brasileiros se dizem pretos -, assim como a de indígenas (0,8%).No evento, Pochmann lembrou que até o primeiro Censo realizado no Brasil, em 1872, via-se o país como europeu, formado majoritariamente por brancos, alfabetizados e católicos. "Essa interpretação que encobria o que era o povo brasileiro foi desmontada pelo Censo de 1872. Ele apontou que...

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