Santander é condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 275 milhões em indenizações por metas abusivas e assédio moral

A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região ( Distrito Federal e Estado de Tocantins) manteve a condenação do banco Santander a pagar indenização no valor de R$ 275 milhões por danos morais coletivos em razão de metas abusivas, adoecimentos mentais e assédio moral.

Em 2014 e 2017, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou duas ações civis públicas contra o Santander, após ter comprovado em inquéritos civis a prática de assédio moral e outras violações aos direitos fundamentais dos bancários, em uma agência em Santa Catarina.

O banco, de acordo com as investigações, estabelecia metas extremamente elevadas com aumentos constantes, sobrecarga e cobranças excessivas aos funcionários, ameaçados de demissão quando clientes fazem saques de aplicações.

Segundo informações apuradas pelo MPT, em apenas uma das agências do banco, 43% dos empregados declararam “ter pensado em dar fim à sua vida”. Foi concluído também que, de 2012 a 2016, 6.763 bancários se afastaram com a concessão de auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Desse total, 1.784 são ou foram empregados do banco Santander, o que significa 26,38%.

Em 2019, a 3ª Vara do Trabalho de Brasília julgou parcialmente procedente as ações, ressaltando que, “em 2014, a média de afastamentos por acidente e doença mental ocupacional no Santander foi de dois empregados por dia” e que, se for levado “em conta apenas os dias úteis (segunda-feira a sexta), são quase três trabalhadores por dia de trabalho”, ou seja, “em média, a cada 2h48 um empregado do réu...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT