Santander reduz projeções de inflação deste ano para 5,5% e de 2023 para 5%

O repasse mais intenso que o esperado dos cortes de impostos implementados em julho, a queda do preço do petróleo e a redução do preço da gasolina e as surpresas baixistas na inflação de bens duráveis levaram o banco Santander a reduzir sua projeção para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 6,3% para 5,5%. Além disso, os economistas do banco mantêm um balanço de riscos com viés de baixa em relação à inflação deste ano.A instituição financeira Santander cortou ainda sua estimativa para o IPCA de 2023 de 5,3% para 5%, devido aos efeitos inerciais menores da inflação deste ano.Leia mais:Deflação só não chegou aos mais ricos em setembroBrasil tem a política monetária mais restritiva desde 2003IPCA mais próximo do teto da meta neste ano entra no radarIPCA cai 0,29% em setembro e marca terceiro mês seguido de deflação"O balanço de riscos para 2023 é relativamente equilibrado: por um lado, ainda consideramos o retorno parcial dos cortes de impostos (caso da PIS/Cofins sobre a gasolina), embora reconheçamos a possibilidade de que essas isenções durem por mais tempo; por outro lado, o mercado de trabalho aquecido (com o hiato de produto fechado) pode manter a inflação de serviços e de outros itens cíclicos mais alta por mais tempo, principalmente se os salários reais iniciarem trajetória altista", apontam os economistas do Santander.Com esse cenário de inflação em mãos, o banco acredita, neste momento, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve gerenciar os riscos inflacionários com uma postura monetária "autonomamente mais contracionista ao longo do tempo".Assim, o Santander espera que a Selic será mantida inalterada em 13,75% no fim deste ano, ao identificar espaço limitado para cortes de juros no curtíssimo prazo e diz esperar uma flexibilização monetária tendo início somente no segundo semestre de 2023, que levará a Selic a 12% no fim do próximo ano e a 9% em 2024.PIBNa medida em que as surpresas positivas no mercado de trabalho e no setor de serviços continuam em vigor no terceiro trimestre deste ano, o Santander elevou sua projeção para o PIB de 2022 de 2,6% para 2,8% e passou a esperar um crescimento de 0,7% em 2023 contra a estimativa anterior, que apontava para uma contração de 0,2%."Porém, continuamos a enxergar uma desaceleração da demanda doméstica e de componentes cíclicos da oferta, refletindo a esperada recessão global, em paralelo com uma política restritiva por parte do Banco...

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