Santander revisa previsão de queda do PIB de 2,2% para 6,4%

O Santander elevou de 2,2% para 6,4% sua projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 em revisão de cenário divulgada nesta segunda-feira. A previsão para o crescimento em 2021, por outro lado, passou de 1,7% para 4,4%. Mesmo assim, destaca a equipe econômica chefiada por Ana Paula Vescovi em relatório, “os números indicam uma perda acumulada do produto ainda maior no biênio, além de uma ociosidade de fatores mais prolongada”.

De acordo com o banco, as informações disponíveis até o momento mostram que o impacto negativo da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira será mais forte do que se estimava anteriormente, uma vez que as medidas de distanciamento social durarão mais tempo.

“A queda da atividade econômica por dia de duração das medidas é muito maior do que esperávamos”, apontam os economistas. “Além disso, os setores menos afetados pela crise não devem amortecer o suficiente o forte choque na atividade econômica”.

Em seu cenário atual, o Santander assume que as medidas de quarentena deverão ser relaxadas a partir de meados de junho na parte mais significativa das regiões do país, após redução na taxa de contaminação pelo novo coronavírus. A economia, no entanto, só deverá voltar a estar “totalmente operacional” a partir de setembro.

A recuperação da atividade deverá começar no terceiro trimestre, com reação “de imediato” da produção, na avaliação da equipe econômica do Santander. A demanda será severamente atingida pelo aumento do desemprego e das incertezas e pela mudança de comportamento de consumidores e empresas, pondera a instituição. “Ou seja, vislumbramos uma recuperação gradual da economia, em formato de ‘U’, e a volta ao nível de produção pré-crise não antes de 2022”.

Considerando as novas premissas para o...

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