Saúde brasileira precisa ser reindustrializada nesta década, diz Coalizão Saúde

O setor da saúde é estratégico e precisa passar por um processo de reindustrialização nesta década, defende o Instituto Coalizão Saúde (Icos)."Precisamos ter a retomada da industrialização da saúde no país, é um setor estratégico", disse Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho de Administração do Icos e do Inova-HC, durante evento realizado nesta sexta-feira pelo Icos em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Editora Globo.O Icos lançou um documento com propostas para a saúde brasileira de 2023 a 2030. Elas são organizadas em quatro eixos: financiamento e sustentação do sistema de saúde; gestão operacional e assistencial do sistema de saúde; saúde digital integrada e inovação do complexo de saúde, onde se inclui a reindustrialização."Sem avançarmos nessa área, não vamos conseguir dar saúde de qualidade para o cidadão", disse Cerri.Na inovação do complexo de saúde, o Icos propõe estabelecer uma política pública para inovação em saúde que aproxime universidades, empresas e institutos públicos, oferecendo segurança jurídica e possibilidade de desenvolvimento e consolidação desse complexo.Além disso, o instituto pede o fortalecimento e autonomia técnica e financeira do INPI, responsável pelo registro de patentes no país, e das agências reguladoras, o que poderia tornar o país mais atrativo para investimentos em pesquisa, segundo Cerri.No tema do financiamento, uma das propostas é a desoneração do setor de saúde. Na gestão operacional e assistencial, a sugestão é priorizar e ampliar a Atenção Primária à Saúde (APS) com financiamento adequado. "Se não reforçarmos a atenção básica, não vamos avançar com soluções de saúde para o país", afirmou Cerri.Ainda em relação à gestão, o Icos pede a garantia de uma estrutura mínima para organização dos dados dos serviços de saúde e propõe a implementação, nas regiões de saúde, de uma instância técnico administrativa de apoio e direcionamento para as decisões estaduais e municipais. "Temos que fortalecer a regionalização", disse Cerri.Na área de saúde digital, ele disse que é preciso "realmente investir em conectividade" e que "o 5G veio para ajudar".Ruy Baumer, presidente do Comitê da Cadeia Produtiva de Saúde e Biotecnologia da Fiesp (ComSaúde-Fiesp) e do Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo...

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