Saúde mental de adolescentes é alvo de preocupação e maior entre mais velhos e mulheres

Mais da metade (50,6%) dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já se sentiam muito preocupados com as coisas comuns do dia a dia em 2019, antes mesmo da pandemia. O mal-estar era maior entre os mais velhos (56,8% na faixa dos 16/17 anos e 47,2% entre 13 e 15 anos) e também entre as meninas (59,8% das meninas frente a 41,1% dos meninos).

As informações são parte da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O sentimento de muita preocupação na maioria das vezes ou sempre também se mostrava mais frequente entre os estudantes da rede privada (63%) que entre aqueles da rede pública (48,5%). A avaliação se refere ao período de 30 dias anteriores à entrevista.

Pelo estudo, quase um quinto (17,7%) dos estudantes entre 13 e 17 anos foram enquadrados como tendo uma autoavaliação em saúde mental negativa. O indicador é uma espécie de resumo do grau de bem-estar considerando cinco perguntas, que tratam de questões como: sentimento de preocupação com as coisas comuns do dia a dia; sentimento de tristeza; sentimento de que ninguém se preocupa com ele(a); sentimento de irritação, nervosismo ou mau humor; sentimento de que a vida não vale a pena ser vivida.

“A proporção das mulheres com autoavaliação em saúde mental negativa era de 27%, muito superior à dos homens, com 8%. É uma diferença bastante expressiva”, diz Marco Antonio Ratzsch Andreazzi, gerente de Pesquisas Especiais do IBGE e responsável pela pesquisa.

Também no indicador composto de saúde mental, o índice é maior entre os adolescentes mais velhos: 19,1% nos de 16 e 17 anos e 16,9% nos de 13 a 15 anos. Há diferenças, também, entre aqueles de rede pública de ensino (18%) e rede privada (16%).

Regionalmente, em comparação com a média nacional a Região Nordeste teve um percentual...

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