O Segundo Passo Da "Justiça Plebiscitária"
Autor | Luiz Guilherme Marques |
Páginas | 471-472 |
o sEGuNdo Passo da
“justiça PlEbiscitária”
Entendido que a “Justiça Plebiscitária” não é um absurdo jurídico, vem a
questão subsequente, ou seja: como se vericaria a vontade popular que
serviria como parâmetro para as sentenças e acórdãos?
A consulta popular realizada há poucos anos sobre o desarmamento
seria um exemplo, o mesmo se dizendo daquela outra, sobre o regime go-
vernamental.
Alguém diria que, com essas consultas, correríamos o risco da popula-
ção querer magistrados eleitos; a descriminalização do aborto, do uso das
drogas e do “jogo do bicho”; a não-limitação do número de reeleições dos
políticos; a gratuidade total dos serviços judiciais etc. etc.
Já disseram que grande parte do povo não tem cultura suciente para
escolher o que é melhor para o país.
A própria eleição do presidente LULA tem sido classicada pelas elites
como despreparo dos eleitores... Esquecem-se, todavia, de que a instrução
não tem nada a ver com a inteligência.
A Índia, por exemplo, tem cerca de 40% de analfabetos, mas é um país
que sempre se destacou no cenário mundial.
O Brasil é uma nação relativamente nova, todavia demonstra uma supe-
rioridade em vários pontos.
Nosso povo escolheu seu presidente como veiculador de alguns itens do
Progresso ainda não desenvolvidos pelos presidentes anteriores.
Cada chefe de Estado adota determinadas prioridades. Não há como
abarcar todo o universo de investimentos que se traduzem em desenvolvi-
mento social, econômico, político, cultural etc.
Não devemos ter medo de perder poder, vantagens, privilégios, garan-
tias e segurança nanceira.
O Progresso é inevitável e faz-se com a nossa participação ou sem ela.
Compara-se a uma roda que empurramos para a frente ou nos atropela, con-
forme estejamos levando-a adiante ou tentando freá-la...
Não será dicultando a conscientização da população que ela deixará de
ocorrer.
Na sequência da nossa História, vimos os colonizadores portugueses
serem desapossados por um seu patrício: D. PEDRO I; presenciamos D.
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