Substituto de Weintraub deve manter perfil ideológico, dizem especialistas

Ainda não escolhido, o terceiro ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro deve seguir a linha de seus antecessores, opinam especialistas. As gestões de Ricardo Vélez Rodríguez e de Abraham Weintraub – que confirmou a saída do cargo nesta quinta-feira – foram marcadas por forte caráter ideológico e baixa capacidade de execução de políticas públicas.

“Não tenho esperanças de que o critério de escolha seja a competência. Será para atender a algum dos grupos que fazem parte do governo, como os olavistas, os de perfil mais técnico e [agora] partidos do Centrão”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.

Um dos apontados como substituto de Weintraub é Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), também integrante da ala olavista do governo. “[Se confirmado] o nome do Nadalim me preocupa porque ele possui experiência em gestão muito pequena, baixa capacidade de dialogar e de ter abertura a ideias diferentes”, afirma Priscila.

A presidente do Todos Pela Educação lembra que, nas metas de cem dias de governo, a única relacionada à educação era o programa de alfabetização, sob responsabilidade de Nadalim. “Não foi cumprida, não há política nacional de alfabetização”, afirma.

A pandemia do novo coronavírus foi o acontecimento mais recente a mostrar a inépcia do MEC, opina Priscila. “Existe um entendimento rebaixado em relação ao potencial do que o MEC tem a fazer na reação aos graves prejuízos da pandemia para a educação”, diz ela.

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