Tax free aumentaria gastos de turistas no Brasil em R$ 2 bi, estima Fecomércio-RJ

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) apresentou nessa segunda-feira (17) os resultados de uma pesquisa que mapeou o perfil do turista estrangeiro a partir do Rio, uma das principais portas de entrada do país.Entre os resultados, o estudo "turistas estrangeiros no Estado do Rio de Janeiro: estadia, satisfação, comportamento no consumo e expectativas do tax free", feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), revelou que a implantação do tax free aumentaria para R$ 2,1 bilhões a movimentação financeira de estrangeiros no país.O tax free consiste na devolução, aos turistas estrangeiros, de impostos que incidem sobre a compra de produtos. No Brasil, a discussão envolve a restituição dos valores pagos a título de IPI, PIS/Pasep e Cofins, cabendo aos Estados decidirem sobre a restituição do ICMS.Gasto médio de US$ 542,9O levantamento ouviu 866 estrangeiros que desembarcaram no aeroporto internacional do Galeão entre os dias 7 e 14 de março e revelou que 60,5% deles fizeram compras na viagem. O gasto médio foi de US$ 542,9, o que representa uma movimentação anual de US$ 212,6 milhões, segundo a Fecomércio.Os entrevistados foram perguntados se fariam mais compras caso o tax free fosse implementado no país. Entre os ouvidos, 46,2% afirmaram que sim. Entre esses, 33% disseram que gastariam até US$ 200 a mais; 30,3%, entre US$ 201 e US$ 500 a mais; 24,3%, entre US$ 501 e US$ 1.000 a mais; e 12,4% teriam um gasto adicional de mais de US$ 1.000.Nos cálculos dos técnicos, portanto, o gasto médio por turista teria um incremento de US$ 665,5 com a adoção do tax free, o que representaria uma movimentação financeira anual de US$ 411,5 milhões, o equivalente a R$ 2,1 bilhões por ano.Os estrangeiros também foram perguntados se já conheciam o tax free, e 46,7% disseram que sim, sendo que 50,7% deles já usaram o programa de reembolso em outras viagens.A implementação do tax free é uma demanda antiga do setor turístico e está em discussão no Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo (Fornatur). A proposta também já foi apresentada pelo Estado do Rio ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários estaduais de Fazenda."Há um espírito muito positivo, mas o Confaz tem que deliberar, e cada Estado decidir por si ou se coligarem. É uma questão jurídico tributária complexa", reconheceu o consultor da presidência da Fecomércio-RJ, o...

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