TSE rebate declarações falsas de Bolsonaro a embaixadores sobre urnas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu, em tempo real, as suspeitas que o presidente Jair Bolsonaro levantou sobre o sistema eleitoral brasileiro durante conversa com diplomatas nesta segunda-feira (18). O encontro ocorreu no Palácio do Alvorada e foi transmitido pela TV Brasil, rede de televisão pública.

Após o encontro, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, sem mencionar o nome de Bolsonaro, atacou o que chama de grave "acusação de fraude e má-fé". A fala de Fachin ocorreu durante evento da OAB, em que ele também rebateu as afirmações falsas de Bolsonaro. Na avaliação do presidente da Corte, esse tipo de declaração sobre as urnas tenta "sequestrar" a opinião pública e a estabilidade política.

Enquanto o presidente, pré-candidato à reeleição, ainda proferia sua fala, a assessoria enviou respostas a dez "alegações" feitas por Bolsonaro. As afirmações do presidente apenas repetiram uma série de acusações contra as urnas eletrônicas e ministros da corte, todas já desmentidas em momentos anteriores por políticos e autoridades.

A corte rebateu quatro pontos levantados pelo presidente sobre o inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) em 2018 sobre a invasão de um hacker ao sistema da Justiça Eleitoral. Bolsonaro já falou dessa investigação inúmeras vezes e, inclusive, é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter divulgado, nas redes sociais, dados sigilosos da apuração.

O posicionamento da corte é que acesso indevido, objeto de investigação, "não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018". A invasão ocorreu ao sistema interno do tribunal, sem relação com o sistema de segurança das urnas eletrônicas.

O TSE também rebateu a fala de Bolsonaro que hacker teve acesso a informações da Justiça Eleitoral, poderia excluir nomes de candidatos e que logs foram apagados.

"Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas — muito à vontade dentro do TSE. E [a Polícia Federal] diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro", disse Bolsonaro nesta segunda-feira.

Outro ponto rebatido pelo TSE é que Bolsonaro voltou a afirmar que a investigação não era sigilosa. A corte, no entanto, apontou que a corregedoria da PF disse que o inquérito estava sob sigilo "pelo fato de ainda estar aberto".

O TSE...

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