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Um eterno símbolo do futebol bem-humorado

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Vincent

Ídolo. Ex-artilheiro atleticano nasceu no Rio e escolheu Belo Horizonte para viverFotos de Jackson RomanelliGrande atacante, frasista irreverente, Dario José dos Santos, o "Dadá Maravilha", 67 anos, nasceu no subúrbio do Rio, mas o sucesso que fez no Atlético-MG o transformou em personagem histórico do futebol mineiro. Criado num abrigo para menores, mudou de vida quando começou a jogar bola.- O futebol me tirou da marginalidade, da pobreza e meu deu status de Rei - diz. - Chutei bola a primeira vez com 19 anos. O internato tinha um time. Aí marcaram um amistoso contra o Juventude, da família do Zico. Joguei de zagueiro central. Era um beque péssimo tecnicamente, e muito desleal - admite o carioca radicado em Belo Horizonte.Entusiasmado com seu vigor físico, o jovem grandalhão e desajeitado radicalizou. Resolveu virar atacante, já que saía do chão como poucos.- Tinha impulsão de noventa centímetros, não existia isso na época. Fui dispensado por ruindade por todos os times grandes do Rio. Na sétima tentativa, o técnico Gradim, do Campo Grande, me disse: "Meu caro, você é horroroso, o que você veio fazer aqui?". Respondi: Vim atrás de um prato de comida. Surpreso, Gradim devolveu: "Vou te dar uma chance. Tenho que reconhecer que nunca vi impulsão e velocidade iguais às suas" - conta.Em 1966, Dadá assinou seu primeiro contrato como jogador. Para surpresa da maioria, desandou a fazer gols. Dois anos depois, já no São Cristóvão, foi comprado pelo Atlético MG.- No Galo deixei a humildade de lado e virei o Dadá Maravilha. Virei para a turma e disparei: vou ser o maior artilheiro de Minas de todos os tempos, vou colocar calo...

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