Uso do IOF para compensar Auxílio Brasil em 2022 nunca entrou no radar, diz secretário

O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, disse nesta sexta-feira que nunca entrou no radar do governo a opção de usar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para fazer a compensação do Auxílio Brasil, o programa que deverá substituir o Bolsa Família, em 2022.

A estratégia continua sendo fazer essa compensação por meio da tributação de dividendos, medida prevista na reforma do Imposto de Renda (IR), em discussão no Congresso. “O IOF nem teria capacidade de fazer a compensação do programa no ano que vem”, reforçou secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.

A projeção do governo é que o custo adicional do programa em 2022 fique entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões, considerando 17 milhões de famílias atendidas com um valor médio de R$ 300. Neste ano, o orçamento do Bolsa Família é de R$ 34 bilhões. A proposta do governo é implementar o Auxílio Brasil já em novembro, após o fim do auxílio emergencial.

As contas do governo para este ano consideram a sobra de R$ 9,5 bilhões no orçamento do Bolsa Família devido ao auxílio emergencial, mas, de acordo com os secretários, só R$ 7,7 bilhões poderão ser usados como compensação para o Auxílio Brasil, considerando o fluxo regular e o número atual de beneficiários do Bolsa Família.

As explicações apresentadas pelos técnicos da pasta não deixaram claro porque essa diferença de R$ 1,8 bilhão também não poderia ser alocada para o novo programa.

O governo espera que o Auxílio Brasil custe R$ 9,368 bilhões neste ano. O restante da compensação, além dos R$ 7,7 bilhões, virá do aumento do IOF, que trará...

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