Veja repercussão da morte de Carlos Lessa

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicou nota de pesar pela morte do economista Carlos Lessa, na manhã desta sexta-feira, aos 83 anos. Segundo a família, ele contraiu a covid-19. Lessa se formou em Ciências Econômicas na UFRJ em 1959 e, mais de 40 anos depois, foi reitor da instituição entre julho de 2002 e março de 2003, antes de assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a perda de Lessa e presta condolências à família e aos amigos. O Brasil perde um grande Brasileiro, com B maiúsculo”, diz a nota.

O documento destaca o papel de Lessa no fortalecimento institucional das esferas de decisão da Universidade. “Na UFRJ como reitor, Lessa defendeu a necessidade do retorno à normalidade institucional, sobretudo pelo respeito às decisões dos colegiados e às instâncias administrativas”.

Também são assinalados os esforços do economista junto ao Ministério da Educação para mitigar riscos à integridade física da comunidade acadêmica, como incêndios e disseminação de doenças. Dezesseis anos depois, em 2018, com orçamentos discricionários cada vez menores e manutenção de prédios cada vez mais comprometida, a universidade viveu o incêndio do Museu Nacional.

A nota destaca, por fim, o legado cultural e bem-humorado do economista para a instituição: a criação do bloco Minerva Assanhada, nome escolhido por Lessa em alusão ao símbolo da Universidade.

A economista Maria da Conceição Tavares divulgou nota em que lamentou a morte e afirmou que perdeu hoje “um grande amigo” e um “grande brasileiro”.

“Conheço Lessa desde a Escola de Economia [da antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ], que iniciamos em 1956. Desde então, sempre trabalhamos juntos na Cepal, Unicamp e UFRJ. Cabeça ampla e generosidade marcaram meu relacionamento com ele. Sempre foi um professor engajado na luta pelo desenvolvimento e pela democracia. Perdi um grande amigo e, as pessoas que os conheceram, um grande brasileiro”, disse ela.

Amigo desde 1985 de Lessa, o engenheiro Darc Costa, 71, conta que um dos primeiros trabalhos na carreira de Lessa foi no antigo Território Federal do Rio Branco, numa missão contratada pelo governo de Jânio Quadros, em 1961, para planejar o desenvolvimento da região. Logo que pisou no hoje Estado de Roraima, Lessa foi detido pela polícia, mal informada pelos rumores que circulavam nas redondezas.

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