Vibra alerta para que proposta de fundo sobre combustíveis não vire controle de margem

O diretor financeiro e de relações com investidores da Vibra Energia (antiga BR Distribuidora), André Natal, apontou que é importante que se tome cuidado para que a proposta de fundo de estabilização para os preços de combustíveis não vire um controle de margem.

O executivo lembrou, nesta terça-feira (23) durante teleconferência de resultados, que o país viveu uma experiência similar em 2018, depois da greve dos caminhoneiros, que gerou assimetrias no mercado e prejudicou a importação. Ele ressaltou, entretanto, que ainda não foram divulgados detalhes sobre como funcionaria o fundo atualmente em discussão.

O tema tem sido discutido no Congresso com a alta dos preços de combustíveis. Outra proposta aprovada nesse sentido foi o projeto de lei complementar (PLP) 11/2020, que altera a cobrança do ICMS, com a unificação das alíquotas estaduais. Natal elogiou a monofasia na cobrança do ICMS.

Outra medida elogiada pelo executivo da Vibra foi a redução nos impostos de importação de etanol. “Isso aumenta a diversidade de fontes capazes de atender ao Brasil”, afirmou.

Natal frisou que é importante que se respeite a liberdade de mercado nas iniciativas que surjam nesse momento de aumento dos preços dos combustíveis.

“As medidas são importantes e legitimas, desde que respeitem a liberdade de preços e simetria do recolhimento de tributos”, disse.

Já o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, destacou que mesmo com o mercado para importações de combustíveis mais apertado com a guerra na Ucrânia, a Vibra Energia tem conseguido manter a posição no mercado. “Não temos tido nenhum problema de importação”, disse.

Segundo Natal, a empresa não teve nenhum cancelamento de cargas até o momento devido a essa crise. O executivo explicou que, desde o quarto trimestre do ano passado, a empresa já estava conseguindo manter as importações e fazer os repasses de custos mesmo com o aumento de preços do petróleo no mercado internacional.

“Em momentos de alta de preços, em determinadas praças, é preciso fazer reajustes com cuidado para garantir que não se descole do mercado. Há o custo que precisa ser repassado e há o preço. Isso precisa ser muito bem balanceado para não gerar assimetrias”, disse Natal.

Segundo ele, a Vibra tem tido ganhos de participação de mercado (market share).

"A companhia provavelmente ganhou fatia de mercado no primeiro bimestre. A gente vem conseguido conquistar um espaço maior do mercado. Temos mantido o atendimento à nossa rede e essa é a...

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