O que você precisa saber e acompanhar nesta terça-feira

A noite de ontem reservou uma derrota dura para o governo de Jair Bolsonaro e deixou no ar a possibilidade de uma situação fiscal ainda mais adversa para o Brasil. A aprovação do auxílio financeiro para Estados e municípios amplamente afetados pela queda da arrecadação por causa do novo coronavírus deve influenciar os negócios nesta terça-feira. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estima que essa ajuda custe R$ 80 bilhões para a União entre maio e outubro deste ano, mas o governo projetava uma cifra bem mais elevada. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já se referiu à proposta como um “cheque em branco” para os Estados e municípios e protestou contra a ausência de contrapartidas para o governo federal. Ontem, a perspectiva fiscal nublada fez com que os juros futuros de longo prazo começassem o dia em alta forte, mas o movimento foi abrandado no decorrer do pregão. Hoje, as taxas devem abrir em alta expressiva diante dos riscos à situação fiscal brasileira, enquanto o dólar, que mostra comportamento misto ante divisas, pode começar o dia em alta ante o real. Em dia de agenda vazia no exterior, o otimismo cauteloso de que a pandemia de coronavírus começou a recuar em algumas das áreas mais atingidas mantém os mercados globais em clima mais leve, mas as ações devem permanecer voláteis com o início da temporada de balanços do primeiro trimestre nos EUA. Resultados dos grandes bancos americanos, como os do JPMorgan Chase e do Wells Fargo, saem hoje, assim como o balanço da Delta Airlines. O da Johnson & Johnson foi divulgado logo cedo. No pano de fundo para os negócios, seguem as notícias sobre o avanço do novo coronavírus, que parece ter atingido o pico nos EUA, na zona do euro e no Reino Unido. Os líderes dos países mais atingidos da Europa prometeram manter as ordens de bloqueio, mas começaram a traçar planos para reabrir suas economias em meio a sinais de que haviam superado o pior da a pandemia de coronavírus. As bolsas da Europa operam sem direção única nesta manhã. Em Nova York, os futuros sobem cerca de 1,0%.

A prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), com dados coletados até o dia 13 deste mês, sinaliza fortes quedas nos índices de confiança em abril. Conforme os dados preliminares, o Indice de Confiança Empresarial (ICE) cedeu 27,6 pontos em relação à leitura final de março, para 53,7 pontos. Já o Indice de Confiança do Consumidor (ICC) diminuiu 22,1 pontos, para 58,1 pontos...

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