Zambelli diz que foi estimulada a fazer “o possível” para segurar Moro

O chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, sugeriram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) "fizesse o possível" para convencer o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro a permanecer no cargo.

Ao prestar depoimento no âmbito do inquérito que apura uma suposta interferência indevida do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal (PF), a parlamentar disse que foi estimulada por eles a manter contato com Moro para demovê-lo da ideia de sair do governo.

Ela diz ter insistido nas tentativas até minutos antes de o ex-ministro iniciar o pronunciamento durante o qual anunciou sua demissão – e que, na intenção de convencê-lo, utilizou-se de diversos expedientes, sem autorização prévia ou mesmo conhecimento de Bolsonaro.

Zambelli afirmou ao ex-juiz, por exemplo, que, na condição de "ativista", trabalharia junto ao presidente para que ele fosse indicado para a próxima vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), que abre em novembro com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.

Além disso, encaminhou a Moro imagens do índice da Bolsa de Valores em queda – segundo ela, para demonstrar que o momento econômico do país não era oportuno para um eventual pedido de exoneração.

De acordo com a deputada, o ex-ministro teria respondido que só concordaria em ficar se Bolsonaro revogasse o decreto em que exonerou o então diretor-geral da PF Maurício Valeixo. Contudo, o presidente se mostrou irredutível nesse sentido.

A parlamentar chegou a dizer a Moro que poderia tentar articular com Bolsonaro para que a delegada...

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