Apresentação
| Autor | Ary Cesar Minella - Maria Soledad Etcheverry - Jacques Mick - Denise Gros - Wagner Iglecias - Armando Dalla Costa |
| Cargo | Universidade Federal de Santa Catarina. - Fundação de Economia e Estatística - Rio Grande do Sul. - Universidade de São Paulo. - Universidade Federal do Paraná. |
| Páginas | 7-12 |
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Apresentação
Ary Cesar Minella *
Maria Soledad Etcheverry *
Jacques Mick *
Denise Gros **
Wagner Iglecias ***
Armando Dalla Costa ****
Quais os efeitos da crise econômico -financeira internaciona, agravada em 2008, sobre os países latino-americanos e sobre la atuação política do empresariado do continente? Em torno deste tema, e de outras questões relacionadas com o empresariado, mais de uma centena de pesquisadores se reuniu em Florianópolis, em maio de 2010, durante o VII Workshop Empresa, Empresários e Sociedade 1 . Nasceu neste evento a proposta de formação de um dossiê, publicado nesta edição da Política & Sociedade. Apesar da impossibilidade de acolher o número significativo de artigos que atenderam à chamada pública para o dossiê, os seis textos aqui reunidos permitem uma visão ampla do tema ao considerar relações entre o empresariado, o Estado e a sociedade em três países da América Latina. 2
* Universidade Federal de Santa Catarina.
** Fundação de Economia e Estatística - Rio Grande do Sul.
*** Universidade de São Paulo.
**** Universidade Federal do Paraná.
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Carlos Alba Vega, no estudo “Empresarios, política y sociedad en América Latina. El caso de México”, constrói uma trama complexa e de grande riqueza descritiva que se desenvolve durante várias épocas da história mexicana, cujo marco inicial é identificado com a revolução social e política de 1910 e sua herança expressada na presença e no poder dos governos pós-revolucionários; seguido pelo papel do Consejo Mexicano de Hombres de Negocio ; pela participação dos empresários na transição democrática, e culminando com uma análise sobre a conduta dos empresários nas eleições presidenciais de 2006 e o impacto da atual crise mundial sobre a economia e a sociedade mexicanas. O autor mostra a singularidade do empresariado daquele país e sua grande heterogeneidade de perspectivas, dependente da época, das gerações, do setor produtivo e da região de origem, entre outros fatores destacados por ele. A análise torna-se instigante sobretudo porque o México tem como pano de fundo um sistema político que emerge de uma revolução social, e nele as relações dos empresários com o Estado se distinguem das de outros países latino-americanos pela influência desta origem. O autor registra que o México tem 3.700km de fronteira com o país mais poderoso do mundo, e seu alto grau de integração à economia dos Estados Unidos faz dele um dos países da América Latina mais afetados pela recente crise do capitalismo.
Alejandro Balazote e Daniel Piccinini, em “Los efectos de la crisis global en la Argentina de la Post Convertibilidad. La racionalidad económica en discusión”, analisam a relação entre os impactos moderados da crise financeira de 2008...
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