Acórdão Nº 08126267620198205124 de TJRN. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, 3ª Turma Recursal, 11-05-2020

Data de Julgamento11 Maio 2020
Classe processualRECURSO INOMINADO CÍVEL
Número do processo08126267620198205124
Órgão3ª Turma Recursal
Tipo de documentoAcórdão

PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SEGUNDA TURMA RECURSAL

Processo: RECURSO INOMINADO CÍVEL - 0812626-76.2019.8.20.5124
Polo ativo
EDNA MARIA DE PONTES MONTEIRO
Advogado(s): FELIPE YVES BARRETO GURGEL, HADMILLA LANE MOTA FELIPE
Polo passivo
PORTOSEG S/A - CREDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Advogado(s): EDUARDO CHALFIN

Ementa: RECURSO INOMINADO. consumidor. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. COBRANÇA DE TARIFAS EM CARTÃO DE CRÉDITO QUE NÃO TERIA SIDO SOLICITADO E DESBLOQUEADO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. DECLARAÇÃO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE CARTÃO DE CRÉDITO, MAS SEM RECONHECIMENTO DE DANO MORAL. RECURSO APENAS DA PARTE AUTORA. PROVA DA SOLICITAÇÃO DO CARTÃO, O QUAL ERA USADO PARA O PAGAMENTO DO SEGURO AUTOMOBILÍSTICO CONTRATADO. ESTORNO DOS VALORES LANÇADOS A TÍTULO DE ANUIDADE. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO. MERA COBRANÇA QUE NÃO CONFIGURA DANO MORAL. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do recurso inominado virtual acima identificado, acordam os Juízes de Direito integrantes da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais e da Fazenda Pública do Estado do Rio Grande do Norte, à unanimidade de votos, em conhecer do recurso e negar-lhe provimento, mantendo a sentença recorrida por seus próprios fundamentos. Condenação em custas e honorários advocatícios, estes que fixo em 10% sobre o valor da causa, condicionando-se o pagamento ao disposto no art. 98, § 3º, do CPC. Participaram do julgamento, além da Relatora, os Juízes Raimundo Carlyle e Ricardo Procópio.

Esta súmula servirá de acórdão, nos termos do art. 46 da Lei 9099/95.

Natal/RN, 11 de maio de 2020

ANDREA CABRAL ANTAS CÂMARA

Juíza Relatora em substituição

I – RELATÓRIO

Trata-se de Recurso Inominado interposto por EDNA MARIA DE PONTES MONTEIRO contra sentença que acolheu parcialmente a sua pretensão, declarando a rescisão do contrato de cartão de crédito impugnado na inicial a partir da citação válida.

Na sentença, o MM Juiz consignou que os contratos são informados pelo princípio da força e da autonomia da vontade, sendo que a alegação autoral de inexistência da relação jurídica mostrou-se falha ante a comprovação da contratação do cartão na apólice do seguro, vez que nesta consta expressamente que o referido cartão seria usado como forma de pagamento. Ademais, registrou que a seguradora já realizou a restituição das parcelas de anuidade cobradas. Sendo assim, não haveria como acolher o pleito indenizatório se a autora anuiu espontaneamente com as cláusulas ajustadas no contrato bancário.

Em suas razões recursais, EDNA MARIA DE PONTES MONTEIRO argumenta que a prática da demandada caracteriza venda casada, pois, sem saber aderiu a cartão de crédito cuja anuidade era grátis no primeiro ano, mas depois passou a sofrer cobranças e ameaças de negativação de seu nome. Alegou que nunca recebeu o cartão e o desbloqueou, e só soube que utilizou o cartão para pagamento das parcelas de seu seguro quando uma atendente do SAC lhe explicou.

Contrarrazões pela manutenção da sentença.

É o breve relatório.

..

Natal/RN, 11 de Maio de 2020.

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT