Acórdão nº 71010306454 Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Turma Recursal da Fazenda Pública, 16-12-2022

Data de Julgamento16 Dezembro 2022
ÓrgãoTurma Recursal da Fazenda Pública
Classe processualRecurso Inominado
Número do processo71010306454
Tribunal de OrigemTurmas Recursais
Tipo de documentoAcórdão

PODER JUDICIÁRIO




JAC

Nº 71010306454 (Nº CNJ: 0047195-53.2021.8.21.9000)

2022/Cível


recurso inominAdo.
primeira turma recursal da fazenda pública. Município de jaguari. PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO. cumprimento de sentença. LEI FEDERAL N. 11.738/2008. EFEITOS FINANCEIROS NÃO IMPLEMENTADOS. valores pagos abaixo do estabelecido pelo mec. Sentença terminativa reformada.

RECURSO INOMINADO PROVIDO.
UNÂNIME.

Recurso Inominado


Primeira Turma Recursal da Fazenda Pública

Nº 71010306454 (Nº CNJ: 0047195-53.2021.8.21.9000)


Comarca de Jaguari

CRISTIANE DE FATIMA CORTESE DOS SANTOS


RECORRENTE

MUNICIPIO DE JAGUARI


RECORRIDO

MINISTERIO PUBLICO


INTERESSADO


ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos.


Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma Recursal da Fazenda Pública dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul, à unanimidade, em dar provimento ao recurso inominado.

Participaram do julgamento, além do signatário, as eminentes Senhoras Dr.ª Ana Lúcia Haertel Miglioranza e Dr.ª Viviane Castaldello Busatto.


Porto Alegre, 12 de dezembro de 2022.


DR. JOSE ANTONIO COITINHO,

Relator.


RELATÓRIO

Trata-se de Recurso Inominado interposto por CRISTIANE DE FATIMA CORTESE DOS SANTOS, contra a sentença que julgou procedente a impugnação ao cumprimento de sentença, apresentada pelo Município de Jaguari, o qual sustentou a inexistência de valores devidos, apontando o pagamento do vencimento básico da autora superior ao piso nacional.


É o relatório.

VOTOS

Dr. Jose Antonio Coitinho (RELATOR)

Conheço do Recurso Inominado, pois preenchidos os requisitos de admissibilida e defiro a gratuidade da justiça à recorrente.


Antecipo que a insurgência recursal da recorrente merece acolhimento.

No caso, discute-se a base de cálculo utilizada como patamar para apuração das diferenças devidas, em que segundo a parte recorrente deve ser Piso Nacional do Magistério.
Diferentemente, o Município entende pelo padrão de referência, previsto nas Leis Municipais nº 2.841/11 e nº 2.901/12, assim como o posicionamento do juízo originário.

Entendo que a base de cálculo para apuração das diferenças não poderá ser o padrão referencial previstos nas Leis Municipais nº 2.841/11 e nº 2.901/12, mas sim, o Piso Nacional do Magistério nos termos da Lei nº 11.738/08, no que estabelece o título executivo.

A sentença de procedência da ação (fls.123/125) é clara, pois condenou o Município ao pagamento das diferenças havidas entre o que o servidor efetivamente recebeu e o que deveria ter sido pago caso observado o Piso Nacional do Magistério, com os reflexos nas vantagens que tenham por origem o salário base, tendo como termo inicial 27 de abril de 2011.

Assim, o cálculo a ser apurado corretamente deve utilizar o valor do Piso Nacional do Magistério, conforme valor estabelecido anualmente pelo MEC, proporcionalmente a 20h semanais:

Lei Municipal
Vencimento básico inicial
Valor fixado pelo MEC

2.771/10 (até maio/11)


R$ 464,92

Retroativamente R$726,83 ?
Lei 2.901/2012 ? Art 4º tabela anexo I

R$ 593,50 (2011)

2.825/11 (jun/ago/11)

2.841/11 (set/dez/11)
R$
...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT