AMIZADE. Expressão de afeto recíproco!
Autor | Antonio Carlos da Carvalho Pinto |
Ocupação do Autor | Professor de Direito Processual Penal. 'Ex' Coordenador de Direitos e Prerrogativas da OAB/SP. |
Páginas | 15-18 |
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Eis um exemplo:
Meu querido CAÍTO:
Começamos juntos no primeiro ano do Bacharelado em
Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Campinas, que ainda nem era Pontifícia. O ano era 1966, em pleno período do autoritarismo, e logo nos tornamos amigos. Estudávamos juntos e nem vou contar que elaboramos em parceria um trabalho acadêmico a defender o escabinado, uma espécie de júri heterodoxo, formado por julgadores leigos e togados. Justamente ele, que se tornaria um dos maiores nessa tribuna democrática do Tribunal do Júri.
Foi o primeiro da turma que se casou. Estive em sua cerimônia de casamento, na Capela da PUC-Monte Alegre e depois na festa. Éramos idealistas, felizes, o mundo estava à nossa disposição.
E realmente CAÍTO, o ANTONIO CARLOS DE CARVALHO PINTO, conquistou o mundo. Tornou-se um dos
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advogados mais respeitados de São Paulo. Tem enorme facilidade em concatenar ideias, expondo-as com descortino, lucidez e sedução.
Logo passou a ser profissional requisitado para as grandes questões criminais. Fez nome, fez fama, fez amigos e admiradores.
Nunca se esqueceu dos velhos companheiros da turma de 1970 da PUC-CAMPINAS, da qual é um dos maiores. Naqueles nossos tempos, o vestibular incluía Psicologia e Lógica. E tal estudo serviu para o êxito evidenciado por CAÍTO no Júri. Basta ver o célebre caso em que a vítima era outro amigo meu, o inesquecível Promotor Júlio César Ribas, relato que é verdadeira aula de lógica para os iniciantes.
Especialista em todos os assuntos que formam a complexa teia de conhecimentos hábeis a realizar o justo e o concreto perante os pares que julgam seu semelhante, este notável advogado passou a dominar a balística - vide o caso 15 desta obra - a atualíssima teoria do domínio do fato e temas recorrentes, quais o puerpério, a anencefalia, a eutanásia e tantas outras áreas abertas à percuciência do bom esgrimista do Júri.
O ingrediente que não falta à bela trajetória de ANTONIO CARLOS DE CARVALHO PINTO por esta existência terrena é o entusiasmo, a paixão, o idealismo, a crença na palavra como chave de libertação do semelhante.
· O Tribunal do Júri continua a exercer atração mágica sobre os jovens e tem produzido as mais expressivas
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páginas de boa literatura que não é apenas jurídica, mas abriga emoções, tramas, surpresas, paixões e outros labirintos a serem percorridos nessa inextricável profundidade que é a alma humana.
O Júri é o palco das...
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