Como anda a justiça?

AutorDiana Poppe
Páginas93-97
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COMO ANDA A JUSTIÇA?
Quando nada do que eu disse antes adiantou para dias melhores,
pode ser que a justiça seja um caminho, ainda que deva ser evidente
que tudo que não se deseja nesse momento é voltar a tratar com
advogados, instaurar demandas judiciais, rever acertos que foram
tão difíceis de se alcançar ou mesmo responder a uma ação proposta
pelo ex. É como se fosse um pesadelo.
Realmente, recomendo muito que, diante de dilemas e impasses,
os ex consigam se sentar, se ouvir, entender as queixas um do outro
e avançar conseguindo realizar os ajustes necessários.
É natural que ajustes sejam necessários. Os f‌ilhos crescem,
muitas condições mudam com o passar dos anos. Quando o divórcio
acontece com f‌ilhos ainda pequenos é quase impossível imaginar
que o acordo possa dar conta daquela estrutura até a faculdade dos
f‌ilhos. Alguns acertos podem ser refeitos diretamente entre os pais,
como reorganizar, ou f‌lexibilizar a rotina dos f‌ilhos que se tornam
adolescentes e não querem mais estar nem com um, nem com outro.
Essas mudanças não precisam necessariamente ser homologadas
judicialmente. Basta um bom combinado em família. Muitas vezes
feito diretamente com os f‌ilhos.
Há outros, entretanto, que podem requerer nova homologa-
ção judicial, ou um documento que preencha formalidades legais
para que possa ter seu cumprimento exigido judicialmente, como
o caso de alimentos (ou pensão alimentícia) por exemplo. Como
você deve saber, o descumprimento de uma obrigação alimentar
pode dar ensejo à famosa prisão civil do devedor e, portanto, o
que se paga deve estar de acordo com a obrigação em vigor para se
evitar surpresas.
Infelizmente, é menos comum do que gostaríamos que os ex
casais se tornem realmente amigos ou parceiros. Nem sempre o

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